14 dez Câmeras estão em teste em Florianópolis
Entrou em funcionamento ontem o projeto piloto de monitoramento da Guarda Municipal de Florianópolis.
A diferença para os sistemas de vigilância tradicionais é que garante a interatividade com o cidadão.
As 24 câmeras que serão instaladas na Rua Bocaiúva, no Centro da Capital, terão um dispositivo que permite ao pedestre entrar em contato com a Central de Controle. No futuro, prevê o secretário de Defesa do Cidadão, Ildo Rosa, a população vai acompanhar as câmeras em casa, pela Internet. A idéia original era usar o equipamento para vigiar os prédios públicos.
– Em uma conversa informal surgiu o desafio de levar para as ruas – disse Rosa.
A prefeitura fechou uma parceria com a Associação Movimento Bocaiúva, que vai bancar a manutenção do equipamento, e a empresa Kerberos Inovação Empresarial, responsável pela instalação dos aparelhos.
– A prefeitura não gasta nada com isso nesta fase de testes, que dura 120 dias – disse o secretário-adjunto de Defesa do Cidadão, Máximo Selene.
Segundo Rosa, a idéia é levar o sistema para todos os bairros. Até julho, poderão ser instaladas 196 câmeras. Os 24 aparelhos que vão operar inicialmente têm um custo mensal de R$ 6 mil. A Associação da Região da Rua Bocaiúva assumiu os R$ 360 necessários para a manutenção das unidades.
– Este é o grande ponto do projeto. Estamos integrando o poder público com o cidadão – avaliou o prefeito Dário Berger (PMDB).
Sistema passará a ser modelo
Segundo ele, Florianópolis passa a ser modelo para o país com o sistema de monitoramento interativo.
– Vou poder acompanhar a Operação Tapete Preto pelo computador – , brincou Berger, enquanto assistia às imagens do cruzamento entre a Bocaiúva e a Avenida Mauro Ramos.
A interação vai além disso. Segundo Ildo Rosa, qualquer pessoa pode acionar a Central.
Inédito no Brasil, o sistema só tem similares nos Estados Unidos e na Alemanha. A iniciativa vai dar mais uma função para a Guarda Municipal.
– Com três guardas e um policial civil pode se controlar até 240 câmeras. A equipe vai trabalhar 24 horas e o sistema facilita o serviço, pois indica quando algo está acontecendo na área de determinada câmera – disse o chefe da Guarda Civil, Ivan da Silva Couto Júnior.
(Diário Catarinense, 14/12/2007)