09 nov Encontradas novas irregularidades em concreteiras de Floripa
A reportagem do Jornal do Almoço (RBS) foi até as quatro concreteiras que estão acusadas de poluir as bacias dos Rios Ratones e Papaguara, na Capital, para conferir se as alterações notificadas pelo Ibama já foram realizadas.
Na Concrebras, no Monte verde, os rejeitos de cimento são recolhidos por uma desentupidora. Até então, o Ibama não sabia do fato e vai investigar para onde são levados os rejeitos.
Na Engemix, em Cacupé, a reportagem não teve acesso ao pátio. A empresa teve as atividades paralisadas e levou uma multa de R$ 100 mil por atuar sem licença ambiental por dois anos. Durante a reportagem, a equipe da RBS flagrou um caminhão da empresa atuando normalmente, levando concreto para uma construção, mesmo estando com as atividades embargadas.
Por nota, a empresa respondeu que o embargo do Ibama se restringe a usina de Florianópolis e que pode operar com caminhões de outras unidades, para atender normalmente os clientes.
Na Cimpor, em Ratones, a calha que apresentou alteração do ph da água ainda não foi alterada de acordo com as exigências do Ibama. Os materiais tóxicos usados na mistura do cimento continuam sendo jogados em um córrego, que fica em uma área de preservação permanente.
Cinco meses depois de atuar contra os postos de gasolina, agora é a vez do Ibama fiscalizar as concreteiras, com o intuito de diminuir os índices de contaminação na Estação Ecológica dos Carijós, que já apresenta índices de poluição cinco vezes maiores que o permitido pela legislação ambiental.
O prazo para as empresas Engemix, Concrebras, Cimpor e Supermix se adequarem às exigências ambientais termina no dia 16/11. Caso contrário, elas podem ser multadas ou até embargadas.
(ClicRBS / RBS TV Santa Catarina, 08/11/2007)