17 set Moradores do Campeche discutem sistema viário
O sistema viário é o tema central da terceira oficina promovida pelo Núcleo Distrital do Campeche. O encontro será realizado hoje, a partir das 8h30, na sede do Conselho Comunitário da Fazenda do Rio Tavares, localizado ao lado do Terminal de Integração do Rio Tavares (Tirio). Além do traçado das ruas, os participantes também discutirão o uso social do Campo de Aviação e conhecerão a proposta de implantação do Parque Cultural do Campeche (Pacuca).
Na parte da manhã, serão realizadas palestras com representantes do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) e do Núcleo Distrital. “A comunidade terá a possibilidade de conhecer o projeto para o traçado de ruas e avenidas já aprovado pelo Ipuf. Esta conversa servirá de subsídio para que os moradores avaliem a proposta e discutam o que querem para o Campeche”, diz uma das integrantes do Núcleo Distrital, Carmen Garcez.
Após a palestra, os participantes serão divididos em grupos e, com mapas, poderão conferir os traçados propostos pelo Ipuf.
A partir das 15h30, ocorre uma assembléia comunitária para discutir o uso social da área. Carmen, será informado aos presentes a situação das negociações entre a comunidade, Base Aérea e governo do Estado para a utilização do local. “Aquele é um espaço muito grande, que está ali sem uso, enquanto que os moradores do Campeche não têm opções de áreas de lazer. Esta é uma briga antiga e agora estamos retomando as conversas”.
População defende área para instalação de espaço cultural
Uma proposta é que a área seja ocupada pelo Parque Cultural do Campeche (Pacuca), proposta elaborada há alguns anos. A idéia é aproveitar o espaço para a instalação de áreas esportivas, bibliotecas e espaços culturais.
“A Base Aérea quer uma espaço para construção própria e a comunidade um espaço para o uso coletivo. Ainda não há nada definido”, diz Carmen. Para discutir sobre o assunto, foram convidadas as autoridades envolvidas na discussão recém-instaurada entre Base Aérea, governo municipal e representantes dos mora-dores para a definição do uso público da área.
Para Carmen, as discussões são uma oportunidade da comunidade ser ouvida com relação ao planejamento da cidade. “O cidadão comum não sabe bem o que é um Plano Diretor e nem que tem direito e obrigação de participar e ser ouvido. Em geral, as pessoas não têm isso muito claro e nosso esforço é nesta direção, de incentivar as pessoas a participar e ajudar a pensar a cidade”, completa.
(Natália Viana, A Notícia, 15/09/2007)