24 set Bicicletas pedem passagem
O carro do mestre-de-obras Ademir Trindade, que roda cerca de 160 km por dia, ganhou uma folga no sábado. Trindade, que mora em Palhoça, levou a família de ônibus para acompanhar as atividades do Dia Mundial sem Carros no Centro de Florianópolis. “Sempre venho para trabalhar, mas hoje estamos aqui para nos divertir”, conta. O tempo de viagem, de 50 minutos, não foi empecilho, segundo a esposa Rosenete Trindade.
Ademir Trindade mora no bairro São Sebastião, em Palhoça, e trabalha em uma obra no Rio Vemelho, no Norte de Florianópolis, a uma distância de 80 km. Na hora de ir para casa, ele leva cerca de duas horas para fazer o trajeto, principalmente por causa dos congestionamentos na SC-401 e na Ponte Colombo Salles, que liga a Ilha ao Continente. Mesmo assim, considera inviável a viagem de ônibus, por causa da distância e do preço (R$ 5,00, somadas as duas passagens).
Morar longe, no entanto, não deve servir de desculpa para o descuido com meio ambiente e com o bolso, na opinião de Trindade. Para o mestre-de-obras, a criação de meios alternativos de transporte, como o marítimo, ajudariam a reduzir o número de carros na Capital.
A organização das atividades do Dia Mundial sem Carros na Capital ficou com o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf). Para o presidente do Ipuf, Ildo Rosa, o resultado foi “animador”. “A participação popular foi muito boa. Já existe e idéia de fazer com que iniciativas como essa ocorram mais vezes. A programação incluiu apresentação do Balé Bolshoi de Joinville, tendas para venda de artesanato e bicicletada pelas ruas do centro.
Blumenau e Joinville também registraram adesão.
(A Notícia, 24/09/2007)