Programa do Sesi evita que óleo polua os rios

Programa do Sesi evita que óleo polua os rios

Depois de evitar que 96% do óleo saturado residual de suas 56 cozinhas experimentais vá para o meio ambiente, o Serviço Social da Indústria de Santa Catarina (Sesi/SC) fazendo estudos para encontrar empresas interessadas em recolher os 4% que ainda vão para os aterros. A previsão é que até o final de 2007 todo o óleo saturado restante seja reciclado.

Os 12,8 mil litros de óleo saturado gerados por mês pelo Sesi/SC viram subprodutos como cosméticos, sabão, biocombustível, vedação para vidros e ração animal. “Há duas questões a considerar: uma delas é o cuidado com o destino dos subprodutos do serviço, procurando o menor impacto ambiental possível. O outro aspecto é que a ação fomenta outros setores econômicos, gerando empregos e renda para o Estado”, afirma o presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa.

Uma das áreas de atuação do Sesi é prestar consultoria a empresas que querem melhorar sua gestão. “As indústrias contratam o Sesi para administrar seu serviço de cozinha industrial, por isso temos que nos preocupar com a destinação correta desse resíduo”, explica a consultora do serviço de alimentação do Sesi, Paula Martins. O óleo saturado é doado às empresas, que podem entrar em contato com a unidade do serviço da sua região.

O programa já conta com parcerias em Blumenau, São Bento do Sul, Joinville, Brusque, Itajaí, Florianópolis e Criciúma e está em busca de empresas do Oeste catarinense que queiram reciclar óleo saturado. “A única preocupação que temos é verificar se o destino do óleo é realmente a reciclagem, pois quando descartada no ralo ou na pia da cozinha, essa gordura polui rios e causa grande impacto ambiental”, acrescenta Paula.

O superintendente do Sesi/SC, Sergio Luiz Gargioni, conta que a iniciativa de reciclar óleo saturado começou há dois anos como parte do modelo de gestão socialmente responsável da organização. “Valorizamos essa atuação que tenta mi- nimizar os efeitos da atividade industrial para o meio ambiente e a vida humana. Isso está no nosso DNA”, diz Gargioni.

(CNR/ADI, 15/08/2007)