17 ago Campeche debate zoneamento urbano
A população do distrito do Campeche, no Sul da Ilha, discute amanhã o zoneamento urbano da região em uma oficina promovida pelo Núcleo Distrital do Plano Diretor Participativo. O evento será no Conselho Comunitário da Fazenda do Rio Tavares, ao lado do Terminal de Integração do Rio Tavares, das 9h às 12h30 e das 14h às 18h.
O evento, chamado 2ª Oficina Temática – Zoneamento Urbano, é aberto à comunidade e tem como objetivo, segundo os organizadores, tirar diretrizes para a elaboração do novo Plano Diretor.
As discussões envolvem temas relativos às regiões que compõem o distrito: além da localidade de mesmo nome, o Rio Tavares e o Morro das Pedras.
Pela manhã, haverá palestras sobre o zoneamento da Planície do Campeche, pelo técnico do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) Candido Bordeaux e por dois moradores da região, a bióloga Tereza Barbosa e o sociólogo Fernando Ponte.
À tarde, os participantes serão divididos em grupos de acordo com a localidade – o Núcleo Distrital adota a divisão em Areias, Cachoeira, Rio Tavares, Castanheiras, Lagoa da Chica, Morro das Pedras, Campeche Central e Fazenda do Rio Tavares. Os componentes de cada grupo trabalharão com mapas explicativos e vão desenhar, junto com membros do Núcleo Distrital, como planejariam as áreas em que vivem.
Na pauta da oficina, está também a discussão sobre a formação de um comitê para fiscalizar construções irregulares no Campeche.
Segundo a integrante do Núcleo Distrital Carmen Garcez, esse é um dos principais problemas da região. Em uma das reuniões, os moradores entregaram ao Ipuf e à Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) denúncias relativas a ocupações que eles consideram ilegais.
O superintendente da Floram, Itamar Pedro Beviláqua, diz que determinou ao setor de fiscalização para investigar os casos.
Carmen Garcez conta que a participação popular nas discussões do Plano Diretor Participativo tem sido grande no Campeche. Os moradores também costumam se queixar de problemas sobre segurança e serviços públicos. “A gente não tem serviços. Temos de nos deslocar ao Centro para tudo”, protesta.
(A Notícia, 17/08/2007)