24 jul Controle do barulho é prioridade para o verão
A Prefeitura de Florianópolis está programando para setembro um seminário para discutir a poluição sonora na área central da cidade. A idéia é reunir todos os setores ligados ao tema em busca de consenso entre os órgãos fiscalizadores e promotores de eventos. Segundo o secretário de Turismo, Mário Cavallazzi, a idéia foi debatida durante um encontro entre representantes da Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp), Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), Delegacia de Jogos e Diversões, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Cavallazzi diz que a necessidade de discutir mais o assunto surgiu após o cancelamento de diversos eventos. O secretário destaca que Florianópolis é uma cidade turística, que tem 60% do seu Produto Interno Bruto (PIB) gerado a partir desta atividade. “Temos dois tipos de turismo: o de temporada, que basicamente depende de sol e praia e que trouxe 1,8 milhão de visitantes para a cidade no ano passado, e o segmento de eventos, que de março a novembro de 2006 foi responsável pela vinda de 2 milhões de turistas. E este segmento se faz com som, por isso a necessidade de normatizar os critérios para que a gente não acabe inviabilizando festas que garantem dinamismo à cidade”, afirma.
Um exemplo citado por Cavallazzi é a vizinhança de grandes clubes, como o Lagoa Iate Clube (LIC), no Canto da Lagoa, e o Clube 12 de Agosto, em Jurerê, que já tiveram eventos cancelados por conta da poluição sonora. “Não queremos briga, mas um entendimento entre as partes”, pondera o secretário.
O representante da Susp, Anísio Fritzen, lembra que uma das causas para o aumento das interdições de eventos se deve em parte ao desconhecimento das pessoas em relação às leis que disciplinam a realização de promoções do gênero em Florianópolis. Outro fator agravante é a indiferença de alguns empresários, que não se adeqüam às normas, apostando na impunidade.
(A Notícia, 24/07/2007)