Parque da Lagoa do Peri está aberto aos estudantes

Parque da Lagoa do Peri está aberto aos estudantes

A Secretaria Municipal de Educação e a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) firmaram uma parceria para que as 97 unidades de ensino da Capital visitem periodicamente o Parque da Lagoa do Peri, no Sul da Ilha. Durante o passeio, os estudantes são apresentados ao ecossistema da lagoa e aprendem sobre a importância de preservar o local responsável pelo abastecimento de água de cerca de 50 mil pessoas.

Idéia

“São como sementinhas que plantamos dentro de cada aluno”, diz gerente da Floram
Ontem, as turmas de 5ª série da Escola Básica José Amaro Cordeiro, do Morro das Pedras, passaram a manhã no local. As crianças tiveram a oportunidade de assistir a palestras, conhecerem os animais e árvores que compõem a unidade de conservação, além de se aventurarem em trilhas.

O gerente de Unidades de Conservação da Floram, Marcelo Ferreira, explica que a parceria surgiu da constatação de que o Parque da Lagoa do Peri recebe, em média, a visita de 400 escolas durante o ano, mas apenas uma pequena parte destas era da rede municipal.

A idéia é incentivar os colégios a participarem não apenas na Lagoa do Peri, mas também dos outros parques do município, como Galheta e Lagoinha do Leste. Na unidade, a visita começa com uma palestra sobre a Lagoa do Peri, seguido pela exibição de um vídeo produzido pelo Instituto Larus sobre o ecossistema local.

Em seguida, os guias apresentam às crianças os animais e plantas que vivem naquela área. Durante as trilhas, os alunos têm a oportunidade de aprenderem sobre as diferenças entre árvores nativas e exóticas, como o pinus e eucalipto, que vêm sendo retirados do parque.

Os estudantes também recebem informações sobre a fiscalização e o funcionamento da Floram, além de aprenderem porque não podem jogar lixo, caçar ou pescar dentro do parque.

“São como sementinhas que plantamos dentro de cada aluno. A criança capta as informações bem mais rápido que os adultos e esta é a melhor maneira de levarmos o conhecimento para a sociedade, já que atuam como multiplicadores em suas casas”, avalia Ferreira.

Alunos querem mais matérias que envolvam meio ambiente

De acordo com o se-cretário municipal de Educação, Rodolfo Pinto da Luz, a parceria com a Floram vem completar o programa de educação ambiental já desenvolvido nas escolas da Capital. “Na sala de aula, os estudantes recebem informações sobre preservação ambiental e as visitas são importantes, pois permitem que eles vejam a teoria na prática”.

O secretário considera fundamental trabalhar os conceitos de preservação desde a infância, pois é nesta época da vida em que se estabelecem os valores. “Nossa capacidade de vida no planeta depende das atitudes diárias, desde não deixar as torneiras abertas enquanto se escova os dentes, até o reaproveitamento e reciclagem de material.

Muitas vezes se falam tanto em grandes projetos e grandes investimentos, quando pequenas atitudes no cotidiano podem fazer a diferença”, destaca Rodolfo.

Francesca Moresco Vieira avalia que atualmente é impossível não trabalhar a questão do meio ambiente dentro do cotidiano da escola. Segundo a supervisora, as crianças e jovens são bombardeados com informações sobre efeito estufa, aquecimento global, poluição e querem que estes conteúdos sejam abordados na sala de aula.

“Além disso, toda esta questão está muito presente no cotidiano dos alunos, já que na comunidade se discute muito a responsabilidade do lixo e o trabalho com reciclagem”, completa.

(A Notícia, 12/06/2007)