31 maio Moradores do Estreito reclamam de cheiro ruim
Os moradores das proximidades das obras de construção da Beira-mar Continental no Balneário do Estreito terão que suportar pelo menos até o fim do ano o mau cheiro que vem de uma vala que corre entre o monte de areia do aterro e as casas da rua Navegantes. Esse é o prazo estimado pela Prefeitura de Florianópolis para fechamento do canal. O incômodo é causado pelo lançamento na água de esgoto das próprias residências da região.
A água que corre pela vala vem do mar, que antes do aterro batia no muro dos fundos do terreno da aposentada Leontina Ávila. Ela diz que o canal está “podre” e que o mau cheiro é pior nos dias de maré baixa. Segundo a aposentada, os ratos infestam a região. “Tem horas que eles sobem aqui pro meu terreno. É cocô, é tudo correndo aí. Quando a vala está seca, não há quem agüente”, reclama. Na terça-feira, grande quantidade de lixo, como sacos plásticos, e de dejetos (pedaços de fezes) boiavam na água do canal.
A dona de casa Sônia Santos Delfino também protesta. De acordo com ela, mesmo no inverno o incômodo é grande. Ela reclama, ainda, que a areia do aterro invade as casas. “Areia? Eu cheguei a juntar de pazinha. Entra por baixo da porta, pelo basculante do banheiro…”, conta.
O engenheiro Maurício Santos Largura, fiscal da Secretaria Municipal de Obras (SMO) na construção da Beira-mar Continental, reconhece que é preciso fazer a limpeza da vala, mas, para isso, os moradores teriam que parar de jogar esgoto na água. Ele explica que a drenagem e cobertura do canal não pode ser feita no momento porque a construção da avenida ainda está na fase de fixação do terreno e a obra poderia ser danificada. Até o fim do ano, deve começar a ser construída a galeria de canalização do esgoto.
(Felipe Silva, A Notícia, 31/05/2007)