07 maio “Foco da investigação são servidores públicos”
O sócio-proprietário do shopping Iguatemi, Paulo Cezar Maciel da Silva, respondeu algumas perguntas repassadas ao advogado de defesa Tullo Cavallazzi Filho.
Ele negou participação em qualquer esquema de comercialização de licenças ambientais e garantiu que o foco das investigações são funcionários públicos. O empresário não demonstrou surpresa na contestação da legalidade do seu empreendimento e acusou um concorrente de patrocinar ações contra ele.
Diário Catarinense – O senhor teve prisão temporária pedida pela Justiça. Como se sentiu diante desse constrangimento?
Paulo Cezar da Silva – Surpreso, pois nunca houve nada em minha trajetória que justificasse a minha inclusão em operação dessa natureza. Mas fiquei satisfeito por poder prestar todos os esclarecimentos necessários e aguardo tranqüilo a posição do Judiciário.
DC – Quais as acusações da Polícia Federal contra o senhor?
Paulo Cezar – Soube que o foco das acusações são os servidores e órgãos públicos. Verifiquei apenas menções ao shopping construído pela minha empresa, que foi alvo de diversas ações contra o empreendimento, a maioria movida por um concorrente meu, mas nenhuma acolhida pela Justiça.
DC – O senhor e seu advogado traçaram estratégia de defesa?
Paulo Cezar – Compareci espontaneamente à Polícia Federal e apresentei todas as informações necessárias, sendo em seguida liberado. Continuarei colaborando para a elucidação dos fatos.
DC – Algum funcionário de órgãos ambientais estaduais ou municipais exigiu dinheiro para conceder licenças?
Paulo Cezar – Não, nunca.
DC – De acordo com a Polícia Federal, a arquiteta Margarida Milani de Quadros confirmou pagamento de R$ 20 mil para um funcionário de um órgão ambiental. Qual o seu posicionamento diante dessa acusação?
Paulo Cezar – Essa interpretação não condiz com o que ela disse no depoimento. Nossa empresa não pagou qualquer valor a funcionário público. Tenho certeza de que, no curso das investigações, essa questão será devidamente esclarecida.
DC – Outra acusação seria a de que o senhor deu um Peugeot 307 para o vereador Juarez Silveira. O que o senhor tem a falar sobre essa acusação?
Paulo Cezar – Primeiramente quero esclarecer que não fui acusado, pois apenas estão sendo investigados fatos. Não é verdadeira a afirmação de que eu teria dado esse veículo ao vereador Juarez.
DC – Qual sua relação com os apontados como líderes do suposto esquema, Juarez Silveira e Renato Juceli de Souza?
Paulo Cezar – Tenho amizade com o vereador Juarez Silveira e conheço apenas funcionalmente o senhor Renato Joceli de Souza.
Entrevista com Paulo Cezar Maciel da Silva, Sócio-proprietário do Shopping Iguatemi (DC, 07/05/2007)