09 maio CPI não tem número de assinaturas
Uma tentativa de acordo entre vereadores da Capital procurou fazer com que a Operação Moeda Verde não fosse mencionada na sessão ordinária da Câmara, segunda-feira à noite, a primeira depois da ação deflagrada pela Polícia Federal e que investiga dois parlamentares.
A iniciativa revela um movimento contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar o possível envolvimento de outros integrantes do Legislativo municipal nas denúncias de obtenção de licenças ambientais mediante pagamento de propina.
Até ontem à noite não havia o número necessário de assinaturas – seis – para a instalação da CPI. Por enquanto, ficou decidido que a Comissão de Ética e Decoro instalará processo administrativo para avaliar o envolvimento dos dois vereadores investigados pela Polícia Federal: Juarez Silveira (sem partido) e o ex-presidente da Casa, Marcílio Ávila (PMDB).
Ângela Albino será relatora do processo
Ficou definido que a vereadora Ângela Albino (PCdoB), vice-presidente da Comissão, será a relatora do processo referente a Ávila, e o vereador Walter da Luz (PSDB) encarregado de relatar o processo administrativo envolvendo Juarez Silveira. O presidente da comissão é João Aurélio Valente Júnior (PP).
As sanções vão desde advertência a perda de mandato. A Comissão pode analisar documentos, ouvir testemunhas e acusados e buscar provas que incriminem ou inocentem os envolvidos.
Dois nomes faziam parte, até as 19h, da lista favorável à CPI: Ângela Albino (PCdoB) e Alexandre Fontes (PP).
– Temos a expectativa de conseguir a assinatura de mais quatro parlamentares – avaliou a vereadora.
Para a vereadora, “a mudança de posição de alguns parlamentares que inicialmente não estavam de acordo com a CPI deve-se à pressão das ruas e ao amadurecimento dos fatos”.
(Ângela Bastos, DC, 09/05/2007)