Reserva

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O reconhecimento, este ano, de Florianópolis pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Cultura, Ciência e Educação) como “Reserva Mundial da Biosfera” é um ótimo ponto de partida para a discussão de como estão sendo tratados os recursos naturais da nossa Capital. Como morador do Norte da Ilha de Santa Catarina, tenho observado, com desolação, a quantidade de esgoto e lixo que ainda são jogados ao mar por residências, condomínios e hotéis – por incrível que pareça -, destruindo a fonte principal da vida, da subsistência, do turismo e do lazer. Basta ver os relatórios de pontos impróprios para banho divulgados regularmente pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma). E o jogo de empurra continua: afinal, quem responde pelas condições mínimas de saneamento básico desta nossa “reserva mundial”?

Carta escrita por Rodrigo Camargo Piva – Funcionário público federal, Florianópolis (DC, 17/07/2006)