Crianças de 13 escolas pedem abastecimento de água na Ilha

Crianças de 13 escolas pedem abastecimento de água na Ilha

Aos gritos de “queremos água”, crianças e adolescentes de 13 escolas da rede estadual, localizadas no Maciço do Morro da Cruz, região central de Florianópolis, realizaram, na tarde de ontem, um ato simbólico em frente à Câmara de Vereadores da cidade.

Para reforçar o principal pedido dos moradores da localidade, empunhando faixas e cartazes, elas lavaram as mãos no chafariz em frente ao prédio do legislativo municipal.

O ato fez parte de uma manifestação, realizada nas escadarias da catedral, para convocar as comunidades a participarem da assembléia popular, que escolheu os quatro representantes do subnúcleo do Maciço do Morro da Cruz que farão parte das discussões do plano diretor participativo da Capital.

De acordo com Ruy Alves, representante do distrito sede, que corresponde ao Centro da cidade e engloba cerca de 150 mil pessoas, essa foi uma primeira manifestação para chamar a atenção da sociedade e do poder público para a necessidade de envolver as escolas e promover a discussão do plano diretor também em sala de aula.

– O objetivo é formar massa crítica, já que, conhecendo o processo, estas crianças poderão acompanhar os resultados e monitorar a execução das decisões no futuro – afirmou.

Pedidas regulamentação de áreas e criação de parque

Entre as principais reivindicações das comunidades do Maciço, além do abastecimento de água, está a regulamentação das Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis). Elas correspondem a áreas de assentamento de população de baixa renda, reconhecidas pelo poder público, e nas quais existe a possibilidade de urbanização e regularização fundiária.

Outra questão apontada como prioritária pelos moradores é a delimitação do Parque do Maciço do Morro da Cruz. Sua criação, segundo Alves, desencadearia um processo de educação ambiental, por meio da recuperação da cobertura vegetal e da utilização de lixo orgânico. Além disso, a conseqüência natural do surgimento de mais um ponto turístico e de lazer na cidade seria a criação de emprego para as comunidades de baixa renda.

(Taís Shigeoka, DC, 21/03/2007)