06 mar Barqueiros da Lagoa barram fiscalização
Os barqueiros responsáveis pelo transporte de passageiros na Lagoa da Conceição, na Capital, impediram os fiscais da prefeitura de realizarem, na manhã de ontem, uma vistoria para detectar obras irregulares na Costa da Lagoa.
Com medo de represálias da comunidade, os membros da Cooperbarco recusaram-se a transportar as equipes da Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp), responsáveis pela fiscalização.
De acordo com os fiscais, os cooperados alegaram que estão sendo pressionados pelos moradores. Carlos Alberto Adriano, coordenador dos trabalhos, explicou que os barcos que levariam os profissionais são os mesmos que transportam materiais de construção, muitas vezes destinados a obras irregulares.
Ação resulta de liminar do Ministério Público
Diante da negativa dos barqueiros, os funcionários suspenderam a fiscalização até que uma solução alternativa seja encontrada. Segundo Renato Joceli de Sousa, secretário da Susp, as opções são alugar um barco ou confiscar algum pertencente à cooperativa. Como o serviço funciona através de concessão, a prefeitura estudará, junto à Procuradoria do município, as ações legais que deverão ser tomadas.
A fiscalização é resultado de uma liminar do Ministério Público Federal, que determinou o embargo e a demolição de obras clandestinas na região – localizadas em áreas de preservação permanente ou a menos de 30 metros da lagoa. Em ações anteriores, uma residência, um muro, um trapiche e uma área de lazer foram demolidos.
O diretor da Cooperbarco, Érico Brasiliano Laureano, não foi encontrado ontem para se manifestar.
(DC, 06/03/2007)