16 fev Saneamento atinge limite na Praia Brava
Alta temporada significa o sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto no limite para moradores da Praia Brava, no extremo Norte da Ilha. Com o aumento populacional do balneário, os gargalos da infra-estrutura se mostram precários, o que acaba por devalorizar inclusive os terrenos de uma das praias mais elitizadas de Florianópolis.
“A estrutura atende precariamente os atuais moradores durante o ano, na temporada chegamos no limite absoluto”, declara o presidente da Associação de Moradores da Praia Brava (APB), Honorato Tomelin. Ele já pensa no Carnaval, quando registra-se outro pico populacional na Ilha. A capacidade do sistema de esgoto é de 400 metros cúbicos por dia, mas durante os meses de verão a demanda chega a 1.400 metros cúbicos diários. “De março a dezembro é mil maravilhas, mas no verão falta água constantemente”, afirma Tomelin.
Em novembro de 2005, a APB fez acordo com a Prefeitura e a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) para que os dois órgão completassem os investimentos em infra-estrutura, que até agora não foram feitos, segundo Tomelin. A Associação ficou responsável pela fiscalização e constatou a não realização dos investimentos prometidos. “Como eles não executaram as obras, no início de janeiro entramos com ação contra a Prefeitura e a Casan. Temos absoluta certeza de que ganharemos a ação”, afirma Tomelin. As multas diárias podem chegar a R$ 50 mil.
A APB acusa empreendedores e proprietários de realizarem obras sem a infra-estrutura de água e esgoto necessários, o que gera multa de R$ 10 mil por dia. Por isso, de acordo com Tomelin, os terrenos se desvalorizam, pois não são mais permitidas novas construções nem reformas que ampliem a demanda destes serviços.
(Débora Remor, A Notícia, 16/02/2007)