27 fev Chuvas aumentam número de praias impróprias para banho
Chuvas dos últimos dias contribuíram para aumentar o número de praias impróprias para banho no litoral catarinense. A informação é do gerente do laboratório da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Marlon Silva, baseado no último relatório de balneabilidade expedido pela instituição nesta segunda-feira.
O relatório indicou aumento no número de pontos impróprios para banho. Dos 182 pontos analisados, 52 deles foram considerados inaptos. Este é o maior índice desde o início da temporada. Na semana passada somente 47 pontos mantinham-se sem condições de banho.
O maior aumento foi verificado na grande Florianópolis. Na semana passada havia 14 pontos impróprios e nesta semana número subiu para 22. Já as praias de Itapema e Penha tiveram aumento de um ponto cada município.
Segundo o gerente do laboratório da Fatma, Marlon da Silva, este aumento é conseqüência das chuvas que ocorreram em algumas regiões 48 horas antes da análise. “Com a precipitação, o nível de alguns rios do interior sobem levando grande quantidade de dejetos para o mar e alterando as suas condições”, explica.
Silva não descarta também que a falta de saneamento e o esgoto clandestino podem ter contribuído para o aumento. “Na maioria dos locais analisados não há tratamento do esgoto sanitário, o que sempre contribui para a poluição das praias”, analisa. Para ele, o número de pontos impróprios se mantém na média esperada, dadas as condições de saneamento em que o litoral catarinense se encontra.
Metodologia
O ponto é considerado Impróprio para banho quando em 60% dos últimos 5 (cinco) resultados o volume de Escherichia coli (presente nas fezes de animais de sangue quente, incluindo o homem) – for superior a 800 NMP (Número Mais Provável) por 100 mililitros de água, nas amostras coletadas ou quando, na última amostragem, o valor obtido for superior a 2.000 NMP (Número Mais Provável) por 100 mililitros de água. Quando o resultado obtido é Impróprio, indica que há o risco de contaminação naquele local, e não necessariamente a contaminação. A Fatma, como órgão público, tem a responsabilidade e a determinação legal de divulgar que existe esse risco. A água contaminada pode causar doenças como gastroenterite, verminoses, doenças de pele e até doenças mais graves, de veiculação hídrica como hepatite, cólera e febre tifóide.
(Ass. Fatma, 27/02/2007)