Ambulantes faturam renda extra no Verão

Ambulantes faturam renda extra no Verão

Enquanto milhares de turistas se divertem nas praias de SC, há um grupo de pessoas que aproveita o movimento para ganhar um dinheiro extra.

São vendedores de bebidas, roupas, sorvetes, trabalhadores que alugam cadeiras e guarda-sóis, entre outras atividades. Segundo a Secretaria de Planejamento, os trabalhadores informais representam 18% do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense, que é de R$ 85,5 bilhões.

– Como é um dado muito específico, é difícil afirmar com certeza quantas pessoas trabalham no Verão em SC. Mas é fato que no comércio, por exemplo, há um aumento significativo do trabalho informal nessa época – afirma o técnico do Sistema Nacional de Empregos (Sine) Osnildo Vieira Filho.

Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) de Santa Catarina, Roque Pellizzaro Junior, apesar de ser bom para os turistas, o comércio informal durante o veraneio faz com que as vendas no varejo formal das praias sejam 25% menores.

– Eles têm a vantagem de ir mais perto do cliente, até mesmo na areia da praia. Também praticam preços menores, já que não pagam imposto.

Quando a temporada de Verão chega, Marli Laura Silva dos Santos sai da Beira-Mar Norte, onde vende água de coco e milho, e vai para a praia do Campeche alugar cadeiras e guarda-sóis. A rotina é assim há 15 anos. Hoje, ela consegue tirar R$ 100 por dia e ajuda na renda da casa, onde mora com mais três pessoas.

– Este ano está meio fraco, os turistas já vêm com seus próprios guarda-sóis e cadeiras – lamenta.

Outros entraves, aponta, são o roubo dos equipamentos e a quebra deles por quem aluga. Mesmo assim, Marli diz que o que ganha na praia no Verão é superior ao que tiraria vendendo a água de coco e o milho na Beira-Mar.

(Graziele Dal-bó, DC, 04/02/2007)

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