05 jan Casan pretende ampliar rede de esgoto em Florianópolis
O percentual de coleta de esgotos em Florianópolis pode subir dos atuais 50% para entre 70% e 75%, com a aplicação de R$ 180 milhões, recursos que poderão ser liberados até o final do ano pela Agência Japonesa para Cooperação Internacional (JBIC). O anúncio foi feito pelo presidente da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Walmor de Luca, reempossado no cargo para mais uma gestão.
“Após termos recuperado a empresa, que apresenta o quarto balanço anual consecutivo positivo, nosso próximo passo será o saneamento”, disse Walmor. “Só estamos aguardando a liberação do empréstimo do JBIC”. Segundo o novo diretor de projetos especiais da Casan, Valmir Piacentini, ex-diretor de Expansão da empresa, “o sinal verde já foi dado pelo banco japonês, faltando apenas a aprovação do Congresso do Japão”, disse. Ao todo poderão ser liberados US$ 216 milhões.
Evitar a repetição do desabastecimento de água, como ocorreu durante o feriadão de virada do ano principalmente nos balneários do Norte da Ilha de Santa Catarina, é outra prioridade da Casan. “Produzimos uma quantidade recorde de água para aquela região e os problemas ocorridos foram de reservação e não se fornecimento”, disse. “Muitas casas que eram usadas apenas por uma família, foram transformadas em pousadas, passando a receber até quatro ou cinco famílias, sem que os reservatórios fossem ampliados”, destacou. Segundo ele, “não é possível montar uma estrutura para ser usada durante três ou quatro dias no ano”.
O ex-diretor de operações da Casan e novo dirigente da diretoria técnica, Osmar Ribeiro, reconheceu a existência de problemas no fornecimento: os responsáveis por uma empresa de caminhões-pipa contratada para reforçar o serviço desapareceram sem dar explicações. Além disso, uma bomba de recalque de água tratada apresentou defeito, prejudicando o fornecimento para as regiões da Lagoinha e Ponta das Canas.
Outro desafio da Casan é conter o movimento visando a privatização dos serviços de água e esgoto na Capital, liderado pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), com o apoio de entidades profissionais do setor. “Não existe nenhuma dificuldade e vamos executar o que for previsto e plenejado”, salientou João Itamar da Silveira, o João da Bega, diretor regional da estatal.
Além da criação da diretoria da Grande Florianópolis, a Casan também apresenta outras mudanças. As atuais diretorias de operação e de expansão foram extintas, dando lugar às diretorias de projetos especiais, técnica, planejamento, orçamento e informação.
(Celso Martins, A Notícia, 05/01/2007)