Campeche discute novo plano

Campeche discute novo plano

Os primeiros representantes distritais no Núcleo Gestor responsável pela elaboração no novo plano diretor da Capital foram escolhidos na audiência pública de quinta-feira à noite realizada no Campeche entre moradores de três bairros do Sul (Campeche, Rio Tavares, Morro das Pedras) e do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf). Quatro já haviam sido escolhidos previmente pelas comunidades e tiveram seus nomes homologados pelo instituto para ocupar alternadamente o cargo de representante distrital. “Fizemos isso para facilitar a dinâmica. Quando uma pessoa não puder comparecer às reuniões por qualquer motivo, a outra a substitui”, explica o presidente da Associação dos Moradores do Campeche (Amocam), Adir Plácido Vigânico.

Os quatro indicados foram Janice Tirelli (Movimento Campeche Qualidade de Vida), Fernando Cardenal (Movimento SOS Esgoto Sul da Ilha), Valter Chagas (Conselho Comunitário do Rio Tavares e Conselho de Segurança do Campeche) e Ataíde Silva (Associação de Moradores do Campeche e Associação do Surfe do Campeche).

OCUPAÇÕES IRREGULARES

Outros 12 representantes distritais serão escolhidos até 14 de dezembro, quando termina o período de audiências públicas entre o Ipuf e a comunidade dos 12 distritos de Florianópolis. O distrito-sede, na região central, foi dividido em dois: Ilha e Continente. O Núcleo Gestor será composto também por outras 16 pessoas – dez representantes da Prefeitura e 16 da sociedade civil.

Segundo o presidente do Ipuf, Ildo Rosa, cerca de 200 pessoas participaram da primeira audiência pública entre o instituto e comunidade, realizada na Sociedade Amigos do Campeche. Ele classifica como “fantástico” o encontro e diz que foi possível perceber o grande interesse da comunidade local pela elaboração do novo Plano Diretor da Capital. “Como primeiro passo de algo inédito, acho que não poderia ser melhor”, afirma. Uma nova audiência pública será marcada no Campeche para que a comunidade local expor o que espera do novo Plano Diretor para o bairro. A partir daí, uma proposta será elaborada pelo Ipuf e levada para dicussão com a população.

Para Adir Vigânico, da Amocam, as ocupações irregulares são o principal problema a ser resolvido na região do Campeche. Ele espera que o novo plano faça cumprir a legislação ambiental e destine áreas de lazer e de cultura. A proposta dos moradores levará em conta questões ecológicas e culturais. “Nossa proposta é auto-sustentável e para, no máximo, cem mil habitantes”, conta.
(A Notícia, 25/11/2006)