Reforço

Reforço

Da coluna de Henrique Ungaretti (A Notícia, 17/10/2006):

Então a coluna já não está só no questionamento da atuação do Ministério Público Federal de Santa Catarina em Florianópolis! Que bom que o Cacau começou a falar do assunto. Normalmente, as coisas deslancham quando o homem compra as brigas. O leitor precisa saber que o procurador-chefe, Walmor Alves Moreira, e a procuradora do Meio Ambiente, Analúcia Hartmann, não se toleram e trocam acusações diante dos superiores em Brasília há tempos. Não há como enfraquecer Analúcia sem fortalecer Walmor. Em resumo, o procurador acusa Analúcia de se intrometer em áreas sob sua responsabilidade e a procuradora acusa Walmor de “desperdiçar tempo buscando formas de prejudicá-la”.

Polêmica

A procuradora é historicamente comprometida com movimentos ambientalistas bastante ideologizados. Enquanto a ocupação clandestina ou irregular (que são duas coisas diferentes) do solo por cidadãos “comuns” corre solta na Ilha de Santa Catarina, o MPF só tem olhos para a ação de grandes empresários. Evidentemente, o coitado que ergue barraco e faz cocô sobre o aqüífero dos Ingleses não teria como arcar com o “custo” de um termo de ajustamento de conduta para compensar danos. Pedir a derrubada dessas residências, só se for mansão. Derrubar barraco de favela seria injustiça social. A coisa está mais para luta de classes do que para preservação ambiental.

Referência

Não é delito situar os dois servidores federais no contexto da guerra dos shoppings, tema presente nas conversas de bastidor em Florianópolis. Walmor fechou o termo de ajuste de conduta com Carlos Amastha, do Floripa Shopping. Analúcia ficou com o Shopping Iguatemi. Walmor acusa Analúcia de estar por trás das contestações que têm dificultado as coisas para Amastha. Walmor é amigo do vereador Marcílio Ávila, que é amigo de Amastha. Marcílio foi a Brasília se queixar da atuação de Analúcia.

Já sacou

Não é por capricho que o juiz Zenildo Bodnar mandou convocar técnicos do Paraná para opinar na questão do Costão Golf. Tomou a decisão depois de conhecer a participação de técnicos da UFSC no acerto feito entre a procuradora Analúcia e os empreendedores do Shopping Iguatemi. Bodnar teria ficado impressionado com a parcialidade daquelas participações. O acordo firmado com o shopping só foi aceito pela empresa para evitar mais postergações.