Casan rebate crítica sobre Costa da Lagoa

Casan rebate crítica sobre Costa da Lagoa

O assentamento da rede de coleta de esgotos na região do Canto da Lagoa, na Lagoa da Conceição, foi antecedida de reuniões de esclarecimentos aos moradores. “Chegamos a realizar uma festa de lançamento do projeto, visando sensibilizar a população”, disse ontem o diretor de operações da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Valmir Piacentini, em resposta às declarações do jornalista Jeffrey Hoff, do Comitê de Gerenciamento da Lagoa e Fundação Lagoa.

Ao comentar o fato de muitos moradores não estarem permitindo que a empresa implante a rede de coleta de esgotos ao longo das margens do rio Apa (ou riacho da Igreja), cujas residências foram erguidas em área de preservação permanente, Hoff acusou a Casan de não haver esclarecido suficientemente a população sobre a obra. “Ele está equivocado”, salientou Piacentini. “Esse trabalho preliminar foi realizado”.

Para tentar garantir a continuidade do serviço, com dois meses de atraso, a Casan está agendando uma reunião com a procuradora federal Analúcia Hartmann para a próxima semana, visando obter apoio para convencer os moradores a permitir que a rede passe por dentro de seus terrenos. “Muitos construíram as casas sobre o curso d’água e isso impede que possamos implantar a rede”, complementou Piacentini.

Protesto

As entidades comunitárias da Lagoa da Conceição realizam um protesto hoje às 9h30, em frente a uma obra que terá quatro andares na rua João Pacheco da Costa. A edificação foi embargada pela Prefeitura por não ter se adequado a tempo à legislação de 2002 que impede construções com mais de dois pisos em toda a bacia.

“O proprietário da casa tentou garantir na Justiça a continuidade da obra com quatro pisos, mas isso foi inicialmente negado. Ele insistiu e ganhou o direito de manter o projeto original”, explicou Jeffrey Hoff, do Comitê da Lagoa e do Comitê de Gerenciamento da Lagoa da Conceição. O protesto está sendo coordenado pela Associação de Moradores da Lagoa (Amola), que entrou com ação judicial visando impedir a continuação dos serviços.
(Celso Martins, A Notícia, 05/10/2006)