Problemas do maciço tratados em debate

Problemas do maciço tratados em debate

A necessidade de um eixo de políticas centradas em um todo e não fixadas em problemas de natureza individual pontuou a reunião do Comitê Gestor do Maciço do Morro da Cruz na última sexta-feira. O encontro integrou gerentes de 40 representações, secretários municipais e associações comunitárias. As discussões foram estendidas ao seminário realizado sábado, no Colégio Lauro Müller, em Florianópolis.

O objetivo das ações foi apresentar o relatório das obras concluídas e as que estão em processo de conclusão no entorno do maciço, de acordo com o presidente do comitê e do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), Ildo Rosa. “O consenso é buscar projetos que atendam as demandas comuns a todos”, explicou. Na opinião dele, equipamentos de acessibilidade urbana no local e a identificação das áreas de risco, mais graves no alto da Caieira e na Serrinha, são pontos fundamentais.

Rosa lembrou que o maciço é uma área de reflexo na cidade e por conta disso o diagnóstico é imprescindível. “As políticas de recuperação precisam ser adequadas tendo em vista o relocamento das famílias que vivem em perigo, bem como o processo de regularização fundiária”, argumentou. O presidente defende a interlocução mais consistente entre a Prefeitura e as comunidades para uma aplicação mais otimizada dos recursos. “A projeção é de um aporte de R$ 160 milhões a serem buscados na esfera internacional e federal para a revitalização do maciço”, destaca.

Durante os encontros, representantes das comunidades ouviram as prestações de contas e também deram algumas sugestões. Entre os inúmeros pedidos, eles solicitaram construção de escadarias, abastecimento de água, escolas e outras reivindicações. O secretário de Obras, Aurélio Remor, salientou que os pedidos estão sendo atendidos e destacou melhorias como drenagens, desentupimento de valas, contenção de encostas, pavimentação e outros serviços. De acordo com Remor vão ser gastos no Maciço cerca de R$ 3 milhões para realização de pequenas obras nos próximos meses.

Já o secretário da habitação, Átila Rocha dos Santos, disse que está concluindo um diagnóstico da situação para a realização de projetos. Ele acredita que no início do ano que vem as obras devem começar a ser executadas. Conforme Santos, já estão em estudos 21 projetos no entorno do Maciço do Morro da Cruz. Na região existem 6,6 mil residências em áreas geológicas de risco, envolvendo 26 mil pessoas.
(A Notícia, 20/09/2006)