01 ago Árvores da cidade terão mapeamento
A arborização existente na região central de Florianópolis é insuficiente para a produção de sombra e conforto a seus moradores. O tamanho da defasagem será medido pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) até o final de agosto, visando identificar as áreas em que deve ser intensificado o plantio de novas árvores. “Isso não tem o poder de diminuir a temperatura, mas a existência de sombras aumenta a sensação de bem estar”, explicou o superintendente da Floram, Francisco Rzatki.
O Inventário de Arborização Pública de Florianópolis será feito por meio de um mapeamento com o uso de um Sistema de Informação Geográfica (SIG) que quantificará o número de árvores da região central da cidade, além da idade, períodos de floração e adubagem e situação fitossanitária das que estão localizadas em praças e vias públicas. “Esse projeto chegou a ser iniciado na gestão passada, mas não teve continuidade”, salientou Rzatki, que se inspirou numa experiência de Curitiba para elaborar o projeto em Florianópolis.
Esse trabalho a que se refere Rzatki foi iniciado pelo diretor da Floram engenheiro florestal Edelberth Adam a partir de uma tese de dissertação de mestrado em 2003, quando foi constatada a defasagem entre o número de árvores existentes na região central da cidade e o ambientalmente recomendável. A medição da quantidade de sombra é feita pela circunferência da copa das árvores. O trabalho já iniciado terá o reforço de dois softwares de ponta que vão ser usados pelos técnicos da Floram encarregados do projeto.
“Com o levantamento a ser iniciado teremos condições de acompanhar passo a passo as condições sanitárias de cada árvore, além da sua idade”, destacou Rzatki, o que pode evitar quedas e consequentes acidentes. Os dois softwares, devidamente alimentados com as informações, vão indicar as necessidades de poda, adubação e mesmo uma eventual substituição. Isso vai eliminar também a necessidade de verificações rotineiras nos locais onde as árvores se encontram plantadas, visando identificar suas condições.
Há 220 mil mudas em desenvolvimento na Capital
Com base na constatação feita em 2003 pelo engenheiro Edelberth Adam, a Floram está produzindo cerca de 100 mil mudas de árvores nativas frutíferas e não-frutíferas – a maior parte delas vai ser usada na cobertura da defasagem de sombras. O restante será distribuído nas escolas municipais para que as crianças e seus pais efetuem o plantio. Além disso, outras 120 mil mudas de folhagens e flores, usadas nos canteiros das praças e vias da cidade, também estão prontas para ser plantadas quando chegar a primavera.
Alguns locais já estão recebendo mudas, como a rua Vera Linhares de Andrade, que o liga o bairro Córrego Grande à rodovia Admar Gonzaga (acesso à Lagoa da Conceição), onde acabam de ser plantados 300 pés de quaresmeiras, coqueiros gerivas, extremosas, aroeiras mansas e ipês roxo e amarelo, além de algumas frutíferas. Em outros pontos do Córrego Grande foram plantados pés de pata-de-vaca, olandi e flamboyant, além das já citadas.
Em frente ao prédio do Departamento de Polícia Federal, na avenida Beira-mar Norte, foram plantados 22 pés de coqueiros com cerca de 4,5 metros de altura, todos em seqüência. Na mesma avenida foram colocadas dezenas de mudas de ipê amarelo (próximo à ponte Hercílio Luz) e roxo (perto do Centro Integrado de Cultura). Outros pontos da mesma via estarão sendo arborizados ao longo da semana.
Quatro áreas da Beira-mar Norte recebem plantas a partir e hoje
A partir hoje a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) dá continuidade ao projeto de arborização da cidade Quatro setores da Beira-mar Norte receberão mudas de árvores: imediações do Shopping Beiramar, do Supermercados Angeloni, próximo ao Bar Koxixo´s e à Pizza Hut. Cerca de 200 mudas serão distribuídas nestes locais, segundo o gerente de Praças e Arborização Pública, Luiz Pazini.
As áreas receberão as espécies manacá, palmeira imperial, palmeira areca, ipê rosa, ipê amarelo e coqueiro gerivá. Para que as árvores se desenvolvam rapidamente, serão feitas covas de 50 a 60 centímetros de largura e de 70 a 80 centímetros de profundidade. Após isso, as mudas serão fixadas ao solo com a adição de adubo orgânico. O trabalho deve estar concluído 15 a 20 dias.
Na seqüência serão arborizados o trevo defronte à Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), no bairro Itacorubi, e posteriormente haverá plantio de árvores na rua Silva Jardim no entorno da alça que dá acesso ao Túnel Antonieta de Barros. Na semana passada, no Córrego Grande, a Fundação do Meio Ambiente terminou o plantio de 300 mudas ao longo da rua Vera Linhares de Andrade até o início da subida do morro da Lagoa da Conceição. A idéia é que a primeira floração de algumas árvores aconteça já nesta primavera.
(Celso Martins, A Notícia, 01/08/2006)