20 jul Segue investigação de esgoto hospitalar
A Vigilância Sanitária Municipal prioriza a investigação que tenta identificar a origem do lançamento de lixo hospitalar num riacho que desemboca na avenida Beira-mar Norte, em Florianópolis. Os fiscais continuam o trabalho de coleta nas imediações da região da Ponta do Coral, onde existem cerca de 60 ranchos de pesca. Integrantes da Associação dos Pescadores da Ponta do Coral, autores da denúncia sobre a irregularidade, já encontraram no local frascos de medicamentos, seringas descartáveis e até pedaços de órgãos humanos que acreditam terem sido usados em biópsias.
A localização do ponto em que os materiais estão sendo despejados no meio-ambiente poderá ser conhecida por meio de exames de coleta que estão sendo realizados. A Vigilância Sanitária acredita que nos próximos dias terá os primeiros resultados das análises. Nesse período, a fiscalização continuará em alerta e possivelmente realizando o levantamento de campo a fim de encontrar mais lixo hospitalar na Ponta do Coral.
Há indícios de que o material seja oriundo de hospitais ou clínicas, porém ainda não há confirmação. Representantes dos setores de controle de infecção e de manutenção dos hospitais Nereu Ramos e Infantil Joana de Gusmão também estão mobilizados para esclarecer o caso. A Secretaria de Estado da Saúde também teria sido alertada do problema. O diretor do Hospital Nereu Ramos, Marcelo José Pereira, citou a existência de uma única e antiga fossa séptica usada pelos hospitais e por instituições da região como o Lar Recando do Carinho. Na Ponta do Coral o esgoto que desce do morro provoca mau cheiro e escurece as margens dos riachos e na areia da praia.
(A Notícia, 20/07/2006)