Parques são poucos, mas necessários

Parques são poucos, mas necessários

Nem só de praia vive Florianópolis. Quem afirma são as pessoas que buscam nos parques da cidade um pouco de lazer e contato com a natureza. A proporção é desigual: se oficialmente são mais de 40 praias, contam-se nos dedos de uma mão as áreas verdes disponíveis. Mas elas existem, algumas vezes sendo a única opção nos finais de semana.

Cinzento, o último sábado levou muita gente para os parques de Coqueiros, do Córrego Grande e da Luz. Assim como a praia, eles também são democráticos. As pessoas podem caminhar, correr, percorrer trilhas, jogar ou participar de aulas de Tai-Chi-Chuan (técnica chinesa de meditação com movimento). Oferecem ainda a possibilidade de ler jornal, ouvir música, meditar, namorar.

Localizado no continente, o Parque de Coqueiros é ótimo para se praticar exercícios: caminhadas, corridas, jogar vôlei e futebol. A pista ao redor é um convite para pedalar. Construído com o esforço da comunidade que deu cara nova ao antigo Saco da Lama, recebe, em média, 3 mil pessoas ao dia. Nos finais de semana, especialmente, fica tomado pelas famílias. Tem área de estacionamento próprio – não gratuito – além de banheiros e uma programação que inclui ginástica orientada com profissionais da área.

No Parque do Córrego Grande as opções também são várias. A área verde é exuberante. São muitas as trilhas a serem percorridas.

– É a segunda vez que venho aqui. Gosto de tudo. Moro no Monte Cristo e lá não tem área verde – diz Mariana da Silva Klaus, 11 anos, aluna da quarta série da escola América Dutra Machado.

Identificar as espécies nativas, observar as aves e os lagos onde vivem carpas e tartarugas são opções que agradam a garotada.

O técnico em edificações Lúcio Martins Vieira faz do Parque do Córrego Grande extensão de seu apartamento:

– Moramos no Bairro Itacorubi e sempre estamos aqui – explica o pai de Leonardo, três anos.

A brinquedoteca é um dos espaços preferidos do menino. Ali, observa o pai, aprende coisas importantes para o seu desenvolvimento: pode brincar bastante, mas na hora de ir embora precisa deixar as coisas no lugar para que outras crianças possam também desfrutar do ambiente.
(Ângela Bastos, DC, 19/06/2006)