19 jun Parques são poucos, mas necessários
Nem só de praia vive Florianópolis. Quem afirma são as pessoas que buscam nos parques da cidade um pouco de lazer e contato com a natureza. A proporção é desigual: se oficialmente são mais de 40 praias, contam-se nos dedos de uma mão as áreas verdes disponíveis. Mas elas existem, algumas vezes sendo a única opção nos finais de semana.
Cinzento, o último sábado levou muita gente para os parques de Coqueiros, do Córrego Grande e da Luz. Assim como a praia, eles também são democráticos. As pessoas podem caminhar, correr, percorrer trilhas, jogar ou participar de aulas de Tai-Chi-Chuan (técnica chinesa de meditação com movimento). Oferecem ainda a possibilidade de ler jornal, ouvir música, meditar, namorar.
Localizado no continente, o Parque de Coqueiros é ótimo para se praticar exercícios: caminhadas, corridas, jogar vôlei e futebol. A pista ao redor é um convite para pedalar. Construído com o esforço da comunidade que deu cara nova ao antigo Saco da Lama, recebe, em média, 3 mil pessoas ao dia. Nos finais de semana, especialmente, fica tomado pelas famílias. Tem área de estacionamento próprio – não gratuito – além de banheiros e uma programação que inclui ginástica orientada com profissionais da área.
No Parque do Córrego Grande as opções também são várias. A área verde é exuberante. São muitas as trilhas a serem percorridas.
– É a segunda vez que venho aqui. Gosto de tudo. Moro no Monte Cristo e lá não tem área verde – diz Mariana da Silva Klaus, 11 anos, aluna da quarta série da escola América Dutra Machado.
Identificar as espécies nativas, observar as aves e os lagos onde vivem carpas e tartarugas são opções que agradam a garotada.
O técnico em edificações Lúcio Martins Vieira faz do Parque do Córrego Grande extensão de seu apartamento:
– Moramos no Bairro Itacorubi e sempre estamos aqui – explica o pai de Leonardo, três anos.
A brinquedoteca é um dos espaços preferidos do menino. Ali, observa o pai, aprende coisas importantes para o seu desenvolvimento: pode brincar bastante, mas na hora de ir embora precisa deixar as coisas no lugar para que outras crianças possam também desfrutar do ambiente.
(Ângela Bastos, DC, 19/06/2006)