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Embarcações de Santa Catarina aquecem o mercado náutico nacional

Apesar de muitos estaleiros já estarem consolidados há anos no litoral catarinense, foi com a ascensão da classe média no Brasil que as vendas das embarcações fabricadas no Estado deslancharam país afora. Essa é a visão do presidente da Acatmar, Leandro Ferrari Lobo, o Mané Ferrari, que credita boa parte da responsabilidade do aumento da economia nesse setor à melhora financeira da população.

Há cerca de cinco anos, a classe média passou a ser parte do grupo consumidor dos barcos de passeio do tipo esporte e recreio, aumentando sua produção. Vendo o potencial do Estado, estaleiros do exterior vieram para o Brasil em busca de uma parcela do mercado, como a italiana Sessa Marine, produzida em parceria com a catarinense Intech Boating, da Grande Florianópolis, e a norte-americana Brunswick, cuja fábrica foi inaugurada há dois anos em Joinville. Agora, é a hora das brasileiras conquistarem outros mercados. Um exemplo é a gigante Schaefer Yachts, que está em negociação com a Coreia do Sul para montar sua primeira fábrica fora do Brasil.

“Ainda falta uma pesquisa recente sobre a situação náutica de Santa Catarina. A última é de 2012 e é ela quem indica o Estado como o segundo maior polo náutico do país. Mas se Santa Catarina já não estiver no mesmo patamar que São Paulo, acredito que esteja bem próxima. Há muito investimento, tanto dessas empresas do exterior quanto das  catarinenses, que têm apostado cada vez mais em qualidade”, salienta Mané Ferrari.

De acordo com o presidente da associação, a tendência do mercado é de crescimento. Isso se deve ao alto padrão mantido pelas embarcações construídas no Estado, que, na opinião dele, são extremamente competitivas. “A própria Sessa Marine já está empregando tecnologia e mão de obra catarinenses em vários de seus modelos. Com isso, vemos que o mercado continua aquecido e que só tende a melhorar”, argumenta.

Brasileiras consolidam mercado internacional

Com fábricas em Biguaçu, Palhoça e Florianópolis, há pelo menos um ano, a Schaefer Yachts negocia a instalação de sua primeira unidade no exterior. A cidade escolhida foi Busan, na Coreia do Sul, importante centro marítimo. A ideia é preencher a carência de embarcações menores naquela localidade, como as da linha Phanton 30, terceira geração. O investimento inicial é de US$ 5 milhões.

Além de atender todo o Brasil, a empresa negocia exportações para os Estados Unidos e Inglaterra. “O mercado brasileiro mais forte está em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, mas atendemos todos os Estados. Agora estamos trabalhando na abertura da fábrica em Busan, já de olho no mercado da Ásia”, projeta Márcio Schaefer, presidente da companhia.

Instalada em Itajaí, a Fibrafort exporta 17% de sua produção atual para 41 países. Os mais fortes são Holanda e Emirados Árabes. Já no Brasil, os Estados mais consumidores são os da região Sudeste. “O mercado náutico não tem um crescimento tão acelerado quanto outros setores, mas o aumento do poder econômico da população nos últimos anos tem contribuído para ampliar a produção”, diz o gerente de negócios e marketing da empresa, Rafael Ferreira.

Segundo ele, atualmente, a Fibrafort é considerada o estaleiro que mais produz na América do Sul. A Focker 210, motor de 90 HP, é a campeã em vendas na empresa, com 12 unidades fabricadas por mês.

Outra catarinense de sucesso é FS Yachts. Instalada em Biguaçu, é a segunda em unidades fabricadas no Brasil e tem como carro-chefe a lancha FS180, vendida a partir de R$ 62 mil. Sua produção também vai para todo o Brasil, mas os Estados mais aquecidos são os do Sul e do Sudeste. “É um mercado que só cresce e hoje é possível comprar uma embarcação ao preço de um carro, com valor financiado. As embarcações entraram como alternativas para o lazer”, acredita Renato Gonçalves, diretor comercial da empresa.

A companhia já exportou para os Emirados Árabes e para as Ilhas Seychelles, mas também negocia com a Coreia do Sul e Ilhas Malta.

Estrangeiras reforçam parceria nacional

Enquanto as brasileiras investem dentro e fora do país, as empresas internacionais já instaladas em Santa Catarina apostam cada vez mais em trazer suas tecnologias e em aproveitar a ascensão do mercado náutico local.

A Sessa Marine, de origem italiana, atua no Brasil em parceria com a Intech Boatin, instalada em Palhoça. Todo o Brasil é considerado como mercado consumidor pela empresa, mas os maiores investimentos vêm de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Atualmente, seu modelo mais procurado é o Sessa C36.

Uma fábrica do grupo norte-americano Brunswick foi inaugurada em Joinville, em 2012, e tem mantido o padrão norte-americano em seus modelos de barcos de lazer. O investimento da empresa no Brasil foi de US$ 22 milhões. A capacidade de produção é de 400 embarcações por ano. De acordo com Evelise Brietzing, da área de Marketing da companhia, além de já ser consolidada mundialmente, a empresa já conquistou o mercado brasileiro, atendendo principalmente São Paulo e Estados das regiões Norte e Nordeste do país.

( Notícias do Dia Online, 12/04/2015)

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