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Declarações de Guga repercutem entre autoridades e nas redes sociais

Manezinho mostrou sua preocupação com Florianópolis

O manezinho que projetou o nome de Florianópolis para o país e o mundo, Guga Kuerten, aos 35 anos, mostrou sua preocupação com a cidade onde cresceu e resolveu viver. O maior tenista da história do Brasil, tricampeão de Roland Garros, está preocupado com a situação de Florianópolis.

Em entrevista concedida ao jornalista Olavo Moraes, publicada nesta terça-feira no Diário Catarinense, Guga demonstrou sua decepção com os problemas de segurança, queda na qualidade de vida e casos de corrupção. Ao revelar a possibilidade de deixar a terra que tanto ama, abriu um caloroso debate sobre a situação de Florianópolis.

Nesta terça-feira, o assunto foi destaque em outros veículos de comunicação e nas redes sociais, como o Twitter, onde o tenista criou a #SalveFloripa, que, em menos de uma hora, alcançou os tópicos mais comentados do microblog, os chamados TTs (trending topics).

O ídolo ilhéu, desde que ganhou notoriedade investe em projetos sociais pelo Instituto Guga Kuerten (IGK) e, às vésperas de ser pai, acabou virando porta voz da sociedade florianopolitana. A preocupação do tenista é similar à de muitos moradores que responderam a pesquisa Ibope realizada em setembro, em que afirmaram enfrentar problemas com saúde, segurança pública, educação e mobilidade urbana na cidade.

Nesta edição, o Diário Catarinense mostra a repercussão do alerta de Guga entre lideranças de Florianópolis e a sociedade. Procurado pela redação, Guga disse que vai se manifestar somente pelo Twitter.

A repercussão na sociedade

— Muitos locais no Brasil têm 10% do esgoto saneado, aqui passa de 50%. Nossa Capital ainda está mais avançada do que outras. Acho que no país o Guga não vai encontrar nada melhor do que Florianópolis — Dário Berger, prefeito de Florianópolis.

Em nota, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo afirma que tomou decisões para melhorar a segurança, como o aumento de policiais militares — neste mês haverá mais 57 em Florianópolis — e a assinatura da licitação para o sistema de videomonitoramento, que passará de 83 para 220 equipamentos.

Em relação às crescentes infrações cometidas por adolescentes, um dos grandes problemas de segurança atualmente, a Secretaria de Justiça e Cidadania não tem previsão para reativar os dois únicos centros de ressocialização fechados. No caso da saúde, garante que entregará a restauração da emergência do Hospital Celso Ramos neste mês.

— Hoje, a corrupção é mais visível devido à divulgação pelos meios de comunicação e redes sociais. Por isso, passa um maior sentimento de indignação e a cobrança da sociedade. No caso dos aposentados (que não comprovaram a invalidez) da Assembleia, estamos corrigindo essa prática — Gelson Merísio, presidente da Assembleia Legislativa.

— A cidade está carente em vários aspectos. Me preocupo bastante com o saneamento dos esgotos. O mau tratamento deles traz mal cheiro, além do risco de doenças. O sistema viário e a reciclagem do lixo também são problemas sérios da nossa Floripa — Guga Arruda, surfista catarinense.

— Floripa é uma cidade com um grande potencial turístico, mas tem que saber receber onde e como receber estas pessoas, para que não haja crescimento desordenado e, consequentemente, aumente a violência. A segurança também é fundamental, principalmente, para os nossos filhos — Renal Dal Zotto, Cimed.

— O que precisa-se fazer aqui é uma inclusão social e, consequentemente, melhorar a educação e a saúde. A qualidade de vida é boa. Problemas com violência e segurança são males do Brasil — Nestor Lodetti, presidente do Figueirense.

— Faltam policiais nas ruas. Muitos adolescentes estão envolvidos cada vez mais cedo com as drogas, o que é muito perigoso para a sociedade em geral. A violência aumentou muito, e as ações para diminuí-la estão tímidas. Mas são problemas que várias capitais e cidades do interior têm — João Nilson Zunino, presidente do Avaí.

— O comentário de Guga reflete o que a sociedade pensa. Além de saber o que acontece aqui, ele conhece o que há de diferente no mundo. Temos que respeitar, porque ele tem parâmetros de comparação. Nosso papel como associação é arregaçar as mangas, fazer e cobrar. Na questão ambiental, por exemplo, a Acif tem trabalhado com dois grandes programas de reciclagem. O poder público pode muito, mas não tudo — Doreni Caramori Junior, presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif).

— A FloripAmanhã, assim como o Guga, também está muito preocupada com a situação atual de Florianópolis. E, apesar de muitas vezes ficarmos desanimados, acreditamos que se não está bom, precisamos trabalhar e nos organizar na sociedade para cobrar os nossos direitos. É preciso aprender a pensar a cidade do futuro. Hoje não se aceita mais um gestor público imediatista. Precisamos aprender a escolher gestores públicos comprometidos com o planejamento. Sabemos que essa cultura de planejamento custa muito a ser implementada — Zena Becker, presidente da Associação FloripAmanhã.

— Florianópolis é uma das capitais mais seguras do Brasil. Ganhamos de lavada do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Cuiabá, Vitória, Goiânia, entre outras. Violência e segurança nesses lugares são aspectos muito precários — Newton Ramlow, foi comandante do 4º Batalhão da PM em Florianópolis e hoje responde pelo 24º BPM de Biguaçu.

— Falta para Florianópolis uma definição de que cidade queremos, infelizmente domina a ideia de país em desenvolvimento, que quanto maior a população mais importante ela é. Na Europa, se prevê até que ponto se aceita o crescimento imobiliário, depois não se dá mais licença para construções. Se for deixar nas mãos de construtoras, vão ser erguidos cada vez mais prédios. Claro que a qualidade de vida vai se deteriorando. É preciso colocar limites a partir de estudos sérios — Dom Murilo Krieger, ex-arcebispo em Florianópolis, hoje arcebispo em Salvador.

— Vi a entrevista do Guga como um grito, um alerta positivo. Estou em Florianópolis desde 1978 e trabalho na cidade há 34 anos nas periferias da Grande Florianópolis. Sinto que a cidade cresceu e não olhou as necessidades, não teve foco no político-social que é fundamental. O que o Guga disse eu falo todo esse tempo nas periferias, mas vindo de uma pessoa como ele é muito importante e foi uma grande sacada — Padre Vilson Groh

— Antes tarde do que nunca, nosso Mané Mor, acordou para a Floripa Real, que os moradores organizados em associações de moradores, conselhos comunitários e fóruns vêm denunciando e combatendo nos últimos anos — Angela Liuti, presidente da União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (Ufeco).

(DC, 05/10/2011)

O grito de Guga

O manezinho que projetou o nome de Florianópolis para o país e o mundo, Guga Kuerten, aos 35 anos, mostrou sua preocupação com a cidade onde cresceu e resolveu viver. O maior tenista da história do Brasil, tricampeão de Roland Garros, está preocupado com a situação da Capital.

Em entrevista concedida ao jornalista Olavo Moraes, publicada ontem no DC, Guga demonstrou sua decepção com os problemas de segurança, queda na qualidade de vida e casos de corrupção. Ao revelar a possibilidade de deixar a terra que tanto ama, abriu um caloroso debate sobre a situação da Capital.

Ontem, o assunto foi destaque em outros veículos de comunicação e nas redes sociais, como o Twitter, onde o tenista criou a #SalveFloripa, que, em menos de uma hora, alcançou os tópicos mais comentados do microblog, os chamados TTs (trending topics). O ídolo ilhéu, desde que ganhou notoriedade investe em projetos sociais pelo Instituto Guga Kuerten (IGK) e, às vésperas de ser pai, acabou virando porta voz da sociedade florianopolitana. A preocupação do tenista é similar à de muitos moradores que responderam a pesquisa Ibope realizada em setembro, em que afirmaram enfrentar problemas com saúde, segurança pública, educação e mobilidade urbana na cidade. Nesta edição, o DC mostra a repercussão do alerta de Guga entre lideranças da Capital e a sociedade. Procurado pela redação, Guga disse que vai se manifestar somente pelo Twitter.

(DC, 05/10/2011)

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