Ciclovias

Da coluna Cartas do Leitor, escrito por Antônio Eugênio Terêncio – administrador – Florianópolis (DC, 03/07/2009)
Há uma tendência mundial de incorporar o ciclo-transporte nas cidades como mais um meio de transporte, tanto para melhorar as condições de mobilidade urbana como também da qualidade do ar e da vida das pessoas.
Florianópolis possui algumas ruas e avenidas cicláveis, mas a utilização da bicicleta como meio de transporte de massa ainda pode ser considerada um sonho. Na Capital, hoje, existem adaptações de pequenos trechos de ciclovias aqui e acolá, alguns com ciclofaixas, mas sem conexão e compartilhados com veículos e pedestres e que, pela falta de segurança, provocam muita resistência e pouca utilização.
É ingenuidade imaginar que trabalhadores, estudantes, executivos ou donas de casa venham a utilizar a bicicleta como meio de transporte sem a estrutura e condições necessárias, principalmente de segurança. A introdução de um sistema cicloviário numa cidade deve ser precedida de amplo e completo planejamento que envolva, entre outros, estudos de clima, topografia, sistema viário e, principalmente, pesquisa de perfil do usuário potencial. Nas grandes metrópoles mundiais e em algumas capitais e cidades brasileiras onde o uso da bicicleta já é bastante difundido ou em fase de expansão, predomina a existência de ciclorredes, com trajetos curtos e médios, contemplando pontos de venda, conserto e de aluguel de bicicletas, além de locais próprios e seguros para estacionamento, todos integrados a terminais de ônibus e trens que, obrigatoriamente, possuem bicicletários.