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Nova geração de empresários apresenta exemplos de negócios sustentáveis em Florianópolis

Florianópolis pode ser a cidade brasileira que mais recicla resíduos no Brasil, porém o número é mais que tímido – apenas 6% dos rejeitos têm o destino correto, enquanto a média brasileira é de 3%. A boa notícia é que jovens empresários estão a cada dia mais antenados com esta proposta, determinante para o sucesso e sobrevivência de diversas empresas em países desenvolvidos. O evento Eco Business, organizado pela ACIF Jovem do sul da Ilha, na última quinta-feira (25), no Campeche, reuniu empreendedores que têm como mantra a questão da sustentabilidade, para uma plateia de cerca de 100 pessoas.

O debate reuniu Larissa Kroeff, uma das fundadoras do Meu Copo Eco, que trabalha com copos retornáveis para eventos em geral; Arthur Ferreira, do Origem Natural – o primeiro restaurante Lixo Zero de Florianópolis; Eduardo Rodrigues, administrador da Destino Certo Compostagem, e Nathália Possebon, sócia do Arvo Festival, que reúne música brasileira, arte, gastronomia, sustentabilidade e lifestyle. A principal percepção é de que esta geração está conectada e firma parcerias para que suas empresas e ideias prosperem e sirvam de exemplo para esta inevitável tendência.

Dificuldades não faltam, como demonstrou Rodrigues, que tem como clientes restaurantes e pousadas. “Infelizmente é praticamente um trabalho de conscientização desta cultura, ainda não incutida em diversos empresários. Já oferecemos nossos serviços, a custos baixíssimos, a supermercados, por exemplo, sem êxito”. Na opinião de Larissa Kroeff, que trouxe da Europa o conceito do copo retornável, esta noção é irreversível e será determinante para que negócios sejam bem-sucedidos em um futuro próximo. “Aos poucos, as pessoas estão procurando obter produtos de empresas ‘limpas’. Ao voltar de uma temporada no exterior, identifiquei um nicho e percebi que não é difícil incutir esta mentalidade nas pessoas. Mas são necessários mais consciência e engajamento”, provocou.

Uma prova desta facilidade foi apresentada por Nathália, que, ao realizar a primeira edição do festival, frustrou-se ao constatar que o evento, com 900 pessoas no público, produziu 980 quilos de resíduos. “A partir daí, começamos a elaborar metas para que os participantes tivessem essa consciência. Uma delas foi aliar o Arvo Festival ao Meu Copo Eco. Sem ‘forçar a barra’, logo na segunda edição tivemos menos de um terço de resíduos em relação ao anterior. Uma prova de que a maioria compra a ideia”, revelou.

Para obter o certificado de primeiro restaurante Lixo Zero do país, concedido pelo Instituto Lixo Zero Brasil, o Origem Natural, no bairro Santa Mônica, investiu em talheres de bagaço de cana-de-açúcar, sucos servidos em pote de conservas reutilizados e ausência total de plástico. “Novas rotinas garantiram a produção de menos de 10% de rejeitos. Até mesmo as esponjas usadas na cozinha são feitas a partir de redes de pesca inutilizadas”, exemplificou durante o Eco Business.

(ACIF, 29/07/2019)

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