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Praça 15 de Novembro precisa ser valorizada pela população de Florianópolis

A comerciante Zélia Antunes Vaz aproveitou o passeio na tarde de segunda-feira (11) para fotografar o neto Pietro Vaz na Praça 15 de Novembro, no Centro de Florianópolis. Eles gostaram do que viram na praça, apesar de alguns problemas (como a presença de ratos e de usuários de drogas), graças a diversas ações realizadas nos últimos anos com objetivo de garantir boas condições de aproveitamento do espaço público para a população.

A Praça 15 de Novembro é um dos pontos turísticos mais visitados da Capital, pois é lá que está a centenária Figueira, ou a Velha Figueira, semeada em 1871 e transplantada para o atual local em 1891. Para Zélia, é um lugar único no Brasil. “A praça está bem bonita e bem cuidada. É uma coisa maravilhosa”, disse a avó, encantada com o espaço. Mas nem sempre é assim.

Desde que foi reaberta após o Carnaval, o Praça 15 já foi alvo de vandalismo, com a destruição de quatro canteiros na parte inferior, além de um banco de madeira quebrado e de pichações no tapume montado para cercar o coreto. “Nesta terça-feira já faremos algumas intervenções para corrigir essas estruturas danificadas”, anunciou o gerente de marketing da Koerich Adilson Toll. A empresa adota a praça desde 2010, e a partir de 2014 tem feito de forma efetiva diversas ações nos últimos anos em parceria com a prefeitura de Florianópolis.

Até então ponto de encontro de moradores de rua, o coreto localizado na parte central foi isolado com tapumes, como parte das ações de manutenção da praça. “Nossa preocupação é ajudar porque a cidade precisa ficar bonita. Se a cidade é boa, fica bom para todo mundo”, reafirma. Após perceber o interesse de uruguaios e argentinos que visitaram o local nos últimos dias em excursões, o gerente de marketing da Koerich destaca a necessidade de chamar atenção da população local para o Praça 15. “É incrível quando você o quanto as pessoas valorizam a cultura”, completa.

Por determinação do prefeito Gean Loureiro, a Guarda Municipal também tem marcado presença com rondas ostensivas pela manhã, tarde e noite. O objetivo, segundo o comandante Ivan da Silva Couto, é que a praça seja utilizada como espaço público de visitação e lazer, uma vez que pessoas em situação de rua têm se apropriado do espaço para dormir, se alimentar ou usar drogas. “A ideia não é impedir que as pessoas entrem na praça, mas para que possam utilizar o espaço de forma adequada”, ressalta. Para isso, os setores do município ligados à cultura também já promovem eventos, como ocorrido na última quinta-feira, com apresentações folclóricas.

Ponto de concentração de moradores de rua

A deterioração da Praça 15 de Novembro está diretamente relacionada à presença de pessoas em situação de rua. Elas utilizam o espaço como ponto de concentração, uma vez que, todos os dias, tem horário marcado para receber alimentação (almoço e jantar) oferecida por organizações não governamentais e voluntários no largo da Catedral Metropolitana, situado em frente.

De acordo com o comandante da Guarda Municipal, Ivan da Silva Couto, essas entidades deverão ser notificadas porque precisam ter autorização para utilizar o espaço público para qualquer atividade, mesmo que não vise lucro. Além disso, muitos dos moradores acabam utilizando a praça para se alimentar, deixando restos de comida, principalmente nos finais de semana. É essa sujeira que ajuda a proliferação de ratos, que são vistos a luz do dia com facilidade.

Frequentador da praça 15 de Novembro desde criança, o engenheiro Alceu Pacheco, 69 anos, acredita que o atual contexto da praça 15 de Novembro é complexo, decorrente dos problemas da economia do país, como o desemprego e a miserabilidade. “O grande problema é o pessoal que vive aqui. Tinha que ter uma ocupação para esse pessoal. Alguns até poderiam cuidar da praça”, sugere.

(ND, 11/03/2019)

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