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07/02/2019
Acredite se quiser
07/02/2019

Crescimento da população é preocupante para a infraestrutura de Florianópolis

Da coluna de Cacau Menezes (NSC, 07/02/2019)

Conceda-me dois dedos de prosa. Preciso falar sobre a questão populacional de Florianópolis, a grandiloquente variável socioeconômica na complexa equação que irá definir o futuro da cidade e os nossos destinos. Estimativa do IBGE de dias atrás estimou uma população (2018) em Florianópolis de 492.977 pessoas.

Segundo o PhD em demografia Paulo Campanário, em trabalho publicado pelo IPUF em 2007, a população se estabilizaria por volta de 2050 com a cidade somando 876.159 habitantes.

Ou seja, no período de apenas 32 anos agregaríamos à nossa população cerca de 380.000 pessoas, isto é, um crescimento de 77%, sem dúvida um percentual extraordinário.

O notável é que – certamente caso único entre as capitais do Brasil – o crescimento deve-se ao fluxo migratório. O crescimento vegetativo no início do período é de apenas 0,70% (natalidade de 1,22% e mortalidade de 0,52%). Mas eis que aí aparece Florianópolis como sonho de consumo para muitos brasileiros, apontando um fluxo migratório (diferença entre os que entram na cidade e os que saem) de 1,24%, que é muita alta. Por isso é que os nativos já são minoria (pouco menos de 50%).

No final do período (2045-2050), o crescimento populacional seria de apenas 0,33%, puxado pelo fluxo migratório de 0,49%. Não fosse isso, a população estaria decrescendo (morrendo mais gente 1,06% do que nascendo 0,84%).

O elevado fluxo migratório que ocorre em Florianópolis é benéfico, pois a grande maioria dos que vem para cá é de razoável ou elevado nível educacional ou econômico. A cidade se enriquece com esse fluxo, sem contestação.

A questão é que não estamos sendo capazes de administrar a questão populacional, tanto do ponto de vista social (as favelas estão aumentando rapidamente) quanto econômica (as oportunidades de emprego são baixas, mantendo-se elevado o volume de desemprego). As áreas naturais protegidas que correspondem a cerca de 50% da Ilha de SC estão seriamente ameaçadas.

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