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A própria natureza tornará a praia balneável, diz presidente da Casan sobre a Beira-Mar Norte

Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 20/08/2018)

As obras do projeto de despoluição da Beira-Mar Norte, em Florianópolis, estão dentro do cronograma e devem ser concluídas em quatro meses. Em entrevista à coluna, o presidente da Casan, Adriano Zanotto, explica como funcionará o sistema e ainda fala sobre a MP 844, que trata da concessão do serviço de água e esgoto no país. Leia abaixo:

Quais os prazos para que o sistema comece a funcionar na Beira-Mar Norte?

Caso tudo transcorra conforme o cronograma, e vai transcorrer, na segunda quinzena de dezembro a gente inaugura essa obra. Depois, a URA (Unidade de Recuperação Ambiental) começa a funcionar e fazer os tratamentos. Aí vai depender da análise do IMA (Instituto de Meio Ambiente) para ver se há o critério de balneabilidade. A própria natureza tornará a praia balneável. Com a obra que estamos fazendo, ela não vai mais receber aquela água poluída que recebia dos canais de drenagem que são contaminados pelas ligações irregulares. Então, a Beira-Mar, naquele trecho, não receberá mais aquela contribuição. A própria natureza vai se encarregar de fazer a limpeza da orla que vai permitir que o IMA, fazendo as suas análises, indique a balneabilidade. Nós cremos, e isso são os técnicos que dizem, que de dois a três meses esses testes devem indicar os padrões estabelecidos pelo instituto.

Como funcionará o novo sistema?

Serão instaladas válvulas de recebimento, que vão recolher o material vindo dos canais de drenagem. Em cada uma delas haverá uma bomba que vai mandar toda a drenagem para a URA instalada onde hoje há uma estrutura da Casan na Beira-Mar Norte. Na URA, a água é tratada e devolvida ao mar dentro dos padrões técnicos permitidos para os efluentes.

Durante a última semana, a Casan foi até a Alesc para alertar os deputados sobre a MP 844, que tramita no Congresso Nacional. Qual é a preocupação de vocês com essa medida?

Essa MP tem vários problemas com ilegalidades e inconstitucionalidades. Sob o ponto de vista do saneamento, hoje para fazer investimento na área em todo o Estado e em todo o país, você depende do subsídio cruzado. Alguns poucos municípios que são rentáveis e que dão resultado positivo, eles mantêm a maioria das cidades deficitárias. Com a MP, fica determinado que o prefeito, mesmo que ele não queira, se qualquer empresa manifestar interesse no sistema de água, ele tem que submetê-lo à licitação. E só vai ter concorrência nos municípios superavitários. Os que são deficitários vão ficar para o Estado e comprometer as contas públicas. Então, essa MP compromete a forma mais solidária, justa e correta de se tratar o saneamento.

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