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08/01/2018
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08/01/2018

Visitação desordenada e transporte irregular ameaçam preservação da Ilha do Campeche

As águas transparentes, de areias brancas, rodeada por gravuras inscritas entre cinco e três mil anos atrás faz da Ilha do Campeche um paraíso particular do litoral catarinense. Tombada no ano 2000 como patrimônio o lugar está entre os oito sítios arqueológicos do país inscritos no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Os encantos do lugar atraem milhares de turistas, do mundo inteiro, mas a visitação desordenada e o aumento de embarcações comerciais que fazem o transporte irregular de pessoas para a ilha têm colocado em risco a preservação do patrimônio.

O Iphan, responsável pela gestão da ilha, tem buscado junto ao MPF (Ministério Público Federal), que é responsável pelo TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que regula as condições do turismo e visitação, uma nova forma de fazer o controle de visitantes, mas têm esbarrado em questões legais já que a praia é um lugar público e em tese qualquer pessoa pode acessar locais públicos. Na temporada passada, 66 mil pessoas passaram pela Ilha do Campeche. Neste ano o numero de visitantes, segundo o Iphan, deve passar de 70 mil.

O TAC que regula a visitação e a preservação da Ilha do Campeche é assinado pelo Iphan, Instituto Ilha do Campeche, Associação dos Pescadores da Armação, Associação dos Pescadores do Campeche, Associação dos Barqueiros da Barra da Lagoa, Associação Couto Magalhães. E prevê que somente os signatários do acordo estão autorizados a explorar a visitação turística da ilha.

O estudo que embasa o acordo prevê que a capacidade máxima de suporte é de 800 pessoas diárias na alta temporada e 770 no restante do ano. Este número é dividido em cotas que cada um dos signatários tem por dia para levar visitantes. No entanto, segundo informações levantadas pela reportagem do Notícias do Dia, esse número tem sido extrapolado quase que diariamente desde a temporada passada.

Nas últimas semanas, a situação se tornou insustentável e os pescadores das associações cadastradas tentaram resolver a situação de forma isolada, impedindo que barcos comerciais irregulares aportassem na Ilha do Campeche. Diversos embates foram registrados e embarcações que venderam passeios para a ilha acabaram retornando sem que os visitantes desembarcassem no local.

No dia 3 de janeiro, segundo registro no livro de ocorrências da ilha, uma pessoa que estava em uma lancha não autorizada a fazer o desembarque de passageiros na ilha se acidentou ao tentar descer do barco e fraturou a bacia.

Na última semana, a Prefeitura de Florianópolis também fez cadastramento das embarcações signatárias do TAC e emitiu notificação para retirada de um quiosque montado na Barra da Lagoa que fazia passeio em embarcações não credenciadas.

No sábado, dia 6 de janeiro, mais de mil pessoas tiveram que deixar a ilha às pressas após a Capitania dos Portos emitir alerta com previsão de ventos fortes para a tarde. O vento que virou de norte para sul dificultou a navegabilidade e houve confusão para que todos conseguissem embarcar a tempo. A equipe do Notícias do Dia e da RIC Record registraram os momentos de tensão que os visitantes passaram para sair da ilha.

(Confira Matéria completa em ND, 08/01/2018)

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