Regulamentação da Região Metropolitana de Florianópolis gera discussão na Alesc

Da Coluna de Rafael Martini (DC, 17/08/2017)

O tempo fechou ontem durante a reunião na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa para discutir o projeto de lei complementar PLC-007, que regulamenta a criação da Região Metropolitana de Florianópolis. Pelo menos 15 prefeitos compareceram e não deram nem chance para o diretor técnico da Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Florianópolis (Suderf) falar. Os chefes do Executivo não querem nem ouvir falar da possibilidade de perder, por exemplo, a gestão do transporte coletivo, que seria transferida para a Suderf, de acordo com o PLC.

Aliás
Os prefeitos estavam com o discurso alinhado e chegaram a classificar a medida como um assalto aos cofres das prefeituras. O impasse foi tamanho que o relator do projeto, deputado Marcos Vieira (PSDB), defendeu que se retire o projeto da pauta para aprofundar a discussão. Até mesmo o líder do governo, Darci de Matos (PSD), concordou com a retirada da pauta.

Outro lado
A proposta da Suderf, capitaneada pelo superintendente Cássio Taniguchi e pelo secretário de Planejamento Murilo Flores pretende criar uma rede integrada de transporte coletivo metropolitano. O projeto é baseado no Plamus, considerado o mais completo estudo de mobilidade já feito no país e concluído ainda em 2015. O custo médio do quilômetro rodado dos ônibus é de R$ 8, ou seja, se cada município licitar seu transporte ficará mais caro que o modelo integrado. Para a Suderf, parece os prefeitos não estão preocupados com isso.