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Arte na Guerra: a união de MC’s que impulsiona o rap de Florianópolis

É da rua que vem a escola de rappers e MC’s de Florianópolis. Das diversas batalhas de rima espalhadas pela cidade há alguns anos, surgiu um movimento que propõe a união dos músicas para, assim, impulsionar a visibilidade do rap produzido na Ilha de Santa Catarina: a Arte na Guerra.

Na sexta-feira, 7, a Travessa Ratcliff, no Centro, foi palco do lançamento do segundo clipe do Arte na Guerra, com a participação de seis MC’s. Na primeira parte, outros seis rappers já haviam participado da gravação.

— Tudo começou quando o Lucas Edgar, vulgo Karma, teve a ideia de dar um grito para Santa Catarina ver o que a gente estava fazendo aqui. A galera de Floripa tem originalidade e grande potencial, muitas minas e manos estão fazendo o barulho crescer — atesta o rapper Dupapélle.

Para parte dos moradores da Grande Florianópolis — e do Brasil —, o hip hop apresenta oportunidades e reconhecimento que, muitas vezes, são negados pela sociedade. Foi a busca pelo fortalecimento deste movimento acolhedor que 14 MC’s se uniram para levar adiante o projeto Arte na Guerra.

— Rolou essa coletividade massa, que não é comum na cena de rap em outras cidades. Todo mundo com a mesma ideia de voltar às origens do rap, mais focado na crítica social. A galera veio com a intenção de construir algo histórico, que foge do modismo comercial — disse o diretor do clipe, João Franchini, de 27 anos.

Representatividade feminina

Dos 12 MC’s que participaram dos dois clipes do Arte na Guerra, duas são mulheres, uma delas a Karine Alves, vulgo K47. É dela a sentença que resume o movimento:

“Eu quero viver, não quero morrer. Aqui são tão poucos que tem opção! Nem me perguntaram, já me escalaram, pra linha de frente com o MIC na mão. Fazendo o melhor com o que nos foi dado, arte na guerra liberta o soldado”.

Referência no movimento hip hop entre as minas, K47 sabe das armadilhas machistas dentro da cena. Segundo Ka Alves, mesmo em uma cidade como Florianópolis, que tem muita mulher fazendo rap, a cultura machista é uma barreira a ser transposta.

— Acima de tudo, é necessário que a gente ocupe esses espaços. É uma construção diária para trazer a representatividade feminina — comenta.

Empolgada com a gravação do primeiro clipe com equipe de produção (já havia feito vídeos “caseiros”), K47 fica feliz mesmo é com a união alcançada pela coletividade.

— A cena do rap em Floripa caminhou bastante. Se espalhou pelas ruas, é só ver que em todos os lados da cidade tem batalha de rima. A única coisa que falta é um pouco de visibilidade, mas eventos como esse são o caminho para isso — afirma.

(Hora de Santa Catarina, 07/07/2017)

 

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