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Pescadores acumulam prejuízos com a falta de licenças para a pesca na Grande Florianópolis

Rancho, combustível, reparos no motor, na pintura e mais de 60 dias costurando à mão a própria rede, que deveria estar no mar desde a semana passada para a temporada de pesca da tainha. Os pescadores da praia da Pinheira e da Guarda do Embaú, em Palhoça, na Grande Florianópolis, não param de contabilizar prejuízos com a decisão do governo federal de reduzir e sortear as licenças para a captura artesanal embarcada. Nenhuma embarcação da região, que é recordista na pesca de tainhas a partir da praia esse ano, foi beneficiada pelo governo e a comunidade está revoltada.

Pescador há 37 anos, Leonir Leonardo da Costa, 52, não consegue aceitar que não poderá entrar no mar e recolher os peixes que fervilham nas redes desde o início do mês. Saudoso, ele lembra que essa época do ano sempre significou fartura para os pescadores da região. E que, com o passar dos anos, mesmo com o registro de boas safras, o acesso ao mar vem sendo limitado, sufocando o pescador.

“Cheguei a fugir da escola aos 15 anos porque sempre fui apaixonado por pescaria. Subir no barco, ir ao mar, jogar minha rede e ver as tainhas nos cativava muito. Hoje está muito complicado, o pescador foi abandonado por todos, não há respeito e assim vamos passando dificuldades”, lamenta.

A tripulação que navega com Costa ainda tem esperança que os políticos da região possam mudar alguma coisa. Como não podem entrar no mar, tentam mobilizar o setor e autoridades locais para conquistar a licença e evitar novos prejuízos. Somente na rede foram investidos aproximadamente R$ 40 mil.

“Meu patrão, dono do barco, colocou dinheiro aqui já pensando na boa safra. Assim como ele, nós também trabalhamos muito arrumando tudo e agora ficamos de braços cruzados porque a legislação não permite que o trabalhador capture o peixe dignamente”, comenta.

Federação prepara ação na Justiça

A Fepesc (Federação dos Pescadores Artesanais de Santa Catarina) mobilizou todos os presidentes de colônias de pesca que promovem a pesca da tainha e está realizando um levantamento do número de embarcações que ficou de fora esse ano e teria condições de trabalhar sem que o chamado esforço de pesca prejudicasse os estoques e a reprodução do pescado. O material vai subsidiar uma ação judicial que está sendo elaborada pelo departamento jurídico da entidade. O presidente da federação, Ivo da Silva, diz que pelo menos 103 embarcações ficaram de fora da pesca com o critério adotado pelo Mapa (Ministério da Agricultura). “Pedimos que os pescadores associados nos repassem os dados porque vamos lutar e tentar impedir isso. Foram poucas licenças, apenas 50 deixando outras 103 de fora”, comentou.

Leia na íntegra em Notícias do Dia Florianópolis, 23/05/2017.

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