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Saneamento em Florianópolis exigirá ‘monitoramento’, avalia professora

Uma semana após o anúncio de investimentos de cerca de R$ 350.712.239 em saneamento básico em Florianópolis, o G1 levantou questões relacionadas às obras e impactos do projeto, que terá financiamento da Caixa e da agência de fomento japonesa Jica.

“[Exige] um monitoramento anterior ao início das obras e continuar 10 anos após as obras. É um trabalho de duração longa”, diz a professora de pós-graduação de ciências ambientais da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Patrícia Pinheiro Beck Eichler. Ela se refere à importância de uma avaliação do andamento e eficácia dos trabalhos.

O governo do estado, a Prefeitura de Florianópolis e Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) anunciaram obras para o Sul e Norte da Ilha e para os bairros Itacorubi, Parque São Jorge, Jardim Anchieta, Córrego Grande, Pantanal e Carvoeira. Também foi inaugurada a obra de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário da Área Continental, para atender Capoeiras e Abraão.

Projeto e questão ambiental

Com esses novos trabalhos, a capital catarinense terá 72% de cobertura de saneamento em dois anos, afirmou a Casan. Atualmente, são 56%. O cálculo da empresa é que 189.552 moradores sejam beneficiados.

“Acho que estão bem embasados, conseguiram financiamento alto. Mas na adequação é muita coisa que tem que fazer ainda”, resumiu a  professora, que chegou a montar com a Casan um projeto para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Campeche.

Ela afirmou que a parte pré-obras “tem muitos critérios, com o envolvimento do Ministério Público [de Santa Catarina] e da Fatma [Fundação do Meio Ambiente]”. “É um processo longo e demorado. No final, vão alcançar os objetivos”, disse.

“O saneamento básico aqui em Florianópolis é muito difícil. O problema não é só residencial, mas também industrial”, afirmou a professora, referindo-se aos esgotos clandestinos no município.

O presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Alexandre Waltrick Rates, confirmou que todas as obras anunciadas na quarta já foram licenciadas. “Ainda temos muita coisa em licenciamento, tem muita coisa para sair. Estão no caminho certo do ponto de vista ambiental”, disse o presidente.

Incertezas

Para o presidente da Associação dos Moradores do Campeche e delegado distrital da região no plano diretor, Ataíde Silva, o momento é de “incertezas”. “Não tem fiscalização sobre o tratamento terciário, há uma falta de confiança na Casan”, disse.

Ele afirmou que os planos foram feitos “sem falar com a comunidade” e que a estratégia da associação será de “apertar a Casan e discutir bem esse projeto”. Ele questionou o destino da água tratada, afirmando que poderia ser reaproveitada.

Obras

A obra inaugurada na quarta foi a ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário da Área Continental (SES Continental), para os bairros Capoeiras e Abraão. Com isso, essa parte da cidade passa a contar com 98% de cobertura de esgoto. O investimento foi de R$ 20.507.575, segundo a Casan.

Também houve a entrega da ordem de serviço para o início dos trabalhos na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Sistema de Esgotamento Sanitário do Bairro Campeche. O investimento é de R$ 59.754.191.

Para o Norte da Ilha, a Casan anunciou obras do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) dos bairros Ingleses e Santinho, com trabalhos previstos para começar em abril. O investimento é de R$ 84,5 milhões.

Na mesma região, houve o anúncio das obras de implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário dos bairros Saco Grande, João Paulo e Monte Verde. O projeto inclui Estação de Tratamento para receber o esgoto coletado das redes já implantadas nos bairros Cacupé, Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui. O investimento é de R$ 78.462.510,00.

Por fim, foi lançado o edital de licitação para obras de ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto Insular (ETE Insular). O projeto prevê implantação de rede coletora para os bairros José Mendes e Morro da Lagoa e emissários que irão transportar o esgoto coletado da rede nos bairros Itacorubi, Parque São Jorge, Jardim Anchieta, Córrego Grande, Pantanal e Carvoeira. O investimento é de R$ 107.487.963.

Segundo a Casan, com as obras, todas as unidades de esgoto de Florianópolis terão tratamento do tipo terciário, que remove inclusive fósforo e nitrogênio, além dos coliformes, no processo de depuração.

(G1 Santa Catarina, 14/03/2017)

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