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FLIC reúne 30 mil pessoas em cinco dias de debates e atividades culturais

A primeira edição do FLIC – Festival Literário Internacional Catarinense, encerrada neste domingo (16), transformou o evento em um dos maiores do Sul do país, com um público estimado de 30 mil pessoas, em cinco dias de intensa e diversificada programação cultural na Cidade Criativa Pedra Branca, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC). Programado para ser realizado a cada dois anos, o FLIC estreou com mais de cinquenta autores nacionais e oito estrangeiros. O primeiro dia foi marcado pelo show nacional com Arnaldo Antunes, para um público de aproximadamente seis mil pessoas. Após a apresentação, o músico e poeta recebeu mais de uma centena de leitores para uma sessão de autógrafos.

“O sucesso foi tão grande que recebemos muitas manifestações do público e de escritores para realizarmos o FLIC anualmente. Nosso compromisso é de fazermos o próximo em 2018. Mas, diante de uma demanda importante da área literária, da repercussão positiva para todos, podemos estudar o caso com os patrocinadores”, avaliou o publicitário Roberto Costa, diretor geral do festival. Para o curador, Nelson Rolim, o FLIC mostrou o vigor da literatura e que, quando há oferta de boa eventos, há uma grande presença do público. “Agora é importante a sociedade se apropriar do FLIC e, cada um à sua maneira, contribuir para que o festival cresça e continue a fazer história”.

Iniciado no Dia das Crianças e com programação especial para os novos leitores, todos os espaços do FLIC tiveram uma grande movimentação, em especial a área externa. A atenção às crianças se estendeu a todo o festival, que garantiu transporte para a participação de estudantes de escolas públicas em atividades como contação de histórias, apresentações de teatro, rua de lazer, entre outras.

O festival teve como temas a literatura (infantojuvenil, catarinense, nacional e internacional); a arquitetura e o urbanismo, com uma visão de sustentabilidade; inovação, tecnologia e empreendedorismo; gastronomia e música. Além dos debates com os autores, o FLIC ainda realizou sessões de autógrafos, lançamentos de livros, exposições, sessões de cinema, dança, música, troca de livros, folclore, varal literário e festival gastronômico.

De fora do país, o FLIC recebeu os escritores Fabián Severo e Gustavo Espinosa (Uruguai) – premiado no dia último dia 1º pela Câmara Uruguaia do Livro, por sua nova novela Todo termina aquí -, Carlos Ríos e Ana Porrúa (Argentina), Harrie Lemmens (Holanda), Ana Carvalho, Nuno Camarneiro e Afonso Rocha (Portugal). Entre os debates mais concorridos, estiveram os temas “Ousadia nas páginas e na tela”, com Mario Prata, Paulo Markun, Carlos Schroeder e moderação de Amilcar Neves;

“Ficção e não ficção − dois autores, duas vidas”, com Ruy Castro e Heloisa Seixas, que teve como moderador o escritor catarinense Celestino Sachet, escolhido como patrono do FLIC, além de “A evolução do amor e do sexo na canção brasileira”, com Rodrigo Faour.

O FLIC encerrou cada dia com um show. O pianista Pablo Rossi, que tocou ao lado de convidados, homenageou o músico e poeta Bob Dylan, vencedor do prêmio Nobel de Literatura deste ano. Ele executou o clássico “Blowin’ in the win”, ao lado do cantor Gustavo Lorenzo. Nas demais noites se apresentaram Luiz Meira e convidados, Orquestra Camerata Florianópolis, Coral Universitário Unisul e banda Red River Combo.

O encerramento do FLIC foi com o debate “O livro na Gastronomia”, que reuniu o jornalista e sommelier João Lombardo, o chef Narbal Corrêa e Luiz Guilherme Büchmann Figueiredo, coordenador do curso de Turismo e Gastronomia da Unisul. Todos destacaram a importância de um festival dedicado à literatura integrar outros temas, com valorização da gastronomia como parte da cultura.

Os homenageados do festival foram os escritores Salim Miguel e Julio de Queiroz (In memoriam), o pintor e poeta Rodrigo de Haro, o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, por seus 120 anos, além do premiado projeto Barca dos Livros.

Com incentivo do Ministério da Cultura e Governo Federal, através da Lei Rouanet, o FLIC teve patrocínio das empresas ENGIE, WEG, Multilog e Intelbrás. A promoção foi da Unisul, ACL – Academia Catarinense de Letras e Propague Comunicação, com apoio da Cidade Criativa Pedra Branca.

 

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