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Fórum Municipal Lixo Zero discute alternativas para redução de resíduos

O primeiro Fórum Municipal Lixo Zero, que acontece durante esta segunda-feira (15) no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright da Assembleia Legislativa, tem o objetivo de debater alternativas e dar visibilidade a projetos bem sucedidos de redução de resíduos destinados aos aterros sanitários. Neste ano, o fórum já foi realizado em Curitiba e Porto Alegre e ainda deve passar por São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Recife, além de outras 20 cidades por várias regiões do país.

De acordo com Rodrigo Sabatini, presidente do Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB), este é um mercado de urgência e representa um enorme custo financeiro e político para as cidades. “Nosso objetivo é proporcionar a união das diversas forças que compõem o movimento pelo lixo zero de uma comunidade. Queremos demonstrar ao poder público e aos candidatos qual é o valor desta economia. Hoje o lixo representa o terceiro maior custo no orçamento dos municípios, perdendo apenas para a educação e a saúde. E esse dinheiro é literamente jogado no aterro.”

Ao invés de aterrar o que o evento quer discutir são as opções de destinação dos resíduos. De acordo com Sabatini, existe um universo de alternativas em uma economia baseada na consciência e na educação. “Há uma economia que desenvolve a consciência que explora este mercado. É o mercado da educação, da redução, do reuso, da reciclagem e da compostagem. Nós temos um universo gerador de emprego, renda e arrecadação de impostos também.”

Consciência é a palavra mais importante neste processo. O presidente do instituto cita estudos que comprovam que o povo brasileiro é um dos mais conscientes sobre a responsabilidade. O problema, para Sabatini, é a falta de uma legislação de apoio e a falta de uma infraestrutura eficiente. “O Estado não provêm a estrutura para que exerçamos nossa cidadania e é isso que queremos trabalhar aqui.”

O geógrafo Alexandre Francisco Böck, da Diretoria de Saneamento da Prefeitura de Florianópolis, fez uma apresentação do panorama da coleta de resíduos na Capital. De acordo com ele, 185 mil toneladas de lixo do município são destinadas anualmente aos aterros e apenas 7% são desviados para as unidades de triagem e de catadores. Os números são da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap).

“Esta porcentagem ainda é pequena, mas na maioria das outras cidades não chega a 3% ou 4%, Florianópolis é vanguarda no setor. Nós temos políticas públicas consolidadas como a coleta seletiva que alcança 92% das residências do município.” Böck citou o baixo número de unidades onde é feita a separação dos resíduos, como uma das dificuldades encontradas no processo. “Nós só temos hoje três unidades de catadores que absorvem em torno da metade do que é recolhido. A outra metade é destinada a unidades em outros municípios.” De acordo com o geógrafo, esta é uma situação emblemática, pois voluntariamente a população faz a separação dos resíduos, a Comcap recolhe, mas não há número suficiente de locais que possam fazer a triagem do que é recolhido.

Os temas debatidos no fórum foram divididos em seis painéis que irão discutir com representantes de cada área: a realidade do cenário local, as iniciativas de setores como a educação, a redução e o reuso de resíduos sólidos, a reciclagem, a compostagem, o desenvolvimento local e o desenvolvimento de políticas públicas. No encerramento será assinada uma carta de intenções que deve ser encaminhada aos candidatos à prefeitura da Capital. “Esta é uma meta ética de compromisso com todo o planeta”, afirmou Sabatini.

(Agência ALESC , 15/08/2016)

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