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Obras públicas abandonadas somam R$ 7 milhões na Via Expressa Sul, em Florianópolis

Três obras que, juntas, custaram mais de R$ 7 milhões, estão abandonadas na Via Expressa Sul, em Florianópolis. Às margens da SC-401, entre o Túnel Deputada Antonieta de Barros e o trevo da Seta, dezenas de canos, um terminal de passageiros desativado e um prédio em ruínas explicitam o desperdício de dinheiro público. As informações são do repórter Cristian Delosantos, da rádio CBN/Diário.
As tubulações da Casan que estão jogadas ao lado da Via Expressa Sul, no Saco dos Limões, foram adquiridas para a construção de novas adutoras para a capital, obra orçada em mais de R$ 6 milhões que não saiu do papel. Hoje, os canos que deveriam levar água potável à população de Florianópolis viraram casa para moradores de rua e usuários de drogas.
Na tarde de ontem, a reportagem da Hora flagrou o consumo de crack e moradores de rua no local. Mário Sérgio Padilha, 52, vive nos tubos há dois anos. Ele diz que é alcoólatra e morava na cidade com a mãe antes de ir para as ruas.
A Casan promete limpar e cercar o terreno para impedir essas invasões. Na próxima semana, uma reunião entre a companhia e Floram deverá definir um cronograma de retomada dos trabalhos.
A construção da adutora parou para ser alinhada a obras viárias. Agora, a ideia é retomá-la, já que os demais projetos estão atrasados.
Prefeitura cogita ativação do Tisac
Um pouco mais adiante está o Terminal de Integração do Saco dos Limões (Tisac), construído em 2003, e que foi pouco utilizado. A obra, que custou R$ 912 mil, não faz parte do sistema de transporte da Capital desde 2005. Atualmente, o Tisac é usado apenas como estacionamento para ônibus de Florianópolis, sem cumprir a missão de embarque e desembarque de passageiros. A prefeitura afirma que o terminal do Saco dos Limões é mantido pela Companhia Operadora de Terminais de Integração (Cotisa) e não gera custos para o município.
O diretor de planejamento da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana , Dilzon da Costa Filho, afirma que o terminal poderá cumprir sua finalidade após a implantação do anel viário, com corredores exclusivos para ônibus. Não há data para isso ocorrer.
O projeto de implantação do anel viário foi aprovado pelo governo federal, mas esbarra na falta de recursos. Está em andamento apenas a primeira etapa, que é a duplicação da Rua Deputado Antônio Edu Vieira, entre as rótulas da Dona Benta e da Eletrosul, utilizando área cedida pela UFSC ao município. A via terá três pistas em cada sentido, uma exclusiva para ônibus e ciclovia.
Planos para o ICMBio
Um novo projeto para a construção da sede da reserva extrativista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está em fase de licitação. Enquanto isso, o órgão funciona em sede alugada na Costeira, e o prédio que deveria ser sua nova instalação se transformou em uma ruína em área de preservação, às margens da Via Expressa Sul, próximo ao trevo da Seta.
A obra de responsabilidade do Deinfra foi embargada pela prefeitura em 2011 por falta de alvará. Em 2014, o município apresentou novo projeto ao departamento, que abriu concorrência para escolha da empresa que irá executá-lo. Neste momento, a retomada esbarra na questão financeira. Mais de R$ 500 mil foram aplicados no que hoje não passa de um entulho abandonado há cinco anos em uma área de preservação e um retrato do desperdício de dinheiro público.
(Diário Catarinense, 07/07/2016)

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