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Estudo vai definir futuro da Ceasa, na Grande Florianópolis

Para atrair novos agricultores, distribuir ainda mais frutas e hortaliças produzidas no Estado e dar melhores condições aos comerciantes, a direção da Central de Abastecimento do Estado de Santa Catarina (Ceasa) apresentou à Secretaria de Estado de Agricultura e Pesca um projeto de ampliação do espaço, localizado perto da BR-101, no bairro Barreiros, em São José. Os estudos começam a partir de agora e deve ser colocada em cheque até a atual localização da Ceasa, que hoje está numa área urbanizada da cidade.

— Na verdade a estrutura está pequena, no que diz respeito ao pátio. São muitos caminhões entrando e saindo. Poderia aumentar — observou uma das 150 boxistas da Ceasa, Sandra Farias.

A avaliação da comerciante é facilmente entendida por qualquer pessoa que visita a Central de Abastecimento: a estrutura está inchada e poderia ser maior. Melhor ainda se recebesse mais produtores e comerciantes, aumentando a arrecadação e a distribuição de produtos originais de Santa Catarina, avalia a direção da Ceasa.

De acordo com o presidente da Central, Agostinho de Pauli, vão ser estudadas duas hipóteses: a ampliação do espaço, que contaria com adequação do pátio, conclusão da canalização do Rio Araújo (onde precisariam ser construídas galerias), sistema de tratamento de resíduos, aquisição de equipamentos e maquinário. Formas de aproveitamento racional das sobras de alimentos para evitar desperdícios também entram no estudo.

Uma segunda linha de pesquisa, que dependeria de decisões do Governo do Estado, indica uma possível mudança de local.

— Hoje a Ceasa está localizada numa área urbana (um condomínio está quase pronto na mesma rua) o que acaba sendo um problema, porque a central traz um grande fluxo de trânsito. Mas vários fatores para esta decisão precisam ser levados em conta. E vamos começar estes estudos agora — avisou Pauli.

O secretário adjunto de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, que recebeu a proposta de ampliação da Ceasa, explica que o cenário ainda não está bem claro.

— Antes de investir em uma ampliação, deve ser estudado se a Ceasa continuará no local. A partir desta decisão, devemos adicionar os investimentos destas obras no orçamento do ano que vem, porque para este ano, já está fechado. A curto prazo, é possível fazer melhorias no atual local, que são necessárias e muito bem vindas, como um sistema melhor de tratamento de resíduos — avaliou o secretário adjunto.

Desconfiança

A hipótese de uma mudança não agrada o boxista Hélio Baschirotto, que trabalha há 25 anos na Ceasa. Ele explica que muitos comerciantes investiram muito dinheiro em reforma de boxes e pavilhões.

— Um pavilhão de propriedade da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento – do Governo Federal) tem uma estrutura pronta para receber comerciantes, por exemplo. Está do lado e poderia fazer parte da ampliação da Ceasa — mostra o boxista.

Essa hipótese já foi sugerida e a Ceasa já enviou um pedido à Brasília. Mas até agora, explicou o gerente de abastecimento da Central, Edmilson Moreira, não houve um retorno por parte do Governo Federal.

A produtora de São Joaquim, Marilda Mello, vem todos os dias com frutas e hortaliças para a Grande Florianópolis e diz que vale muito a pena. Há três meses que ela começou a vender na Ceasa. A produtora cita, no entanto, que há pontos que podem ser melhorados na estrutura.

— O piso poderia ser emparelhado para ficar mais fácil o descarregamento dos caminhões. Hoje é necessário um esforço físico grande para descarregar os produtos — sugere.

Produtos de SC

Segundo o presidente Agostinho de Pauli, há novos empreendedores interessados em vender na Central. Mas hoje não há novos espaços ou licitações de boxes para isso. Com a ampliação, um dos objetivos, explicou o gerente de abastecimento da Ceasa, Edmilson Moreira, é atrair mais agricultores do Estado, como Oeste e Meio-Oeste, para aumentar a venda de produtos da nossa própria terra.

— Hoje, 42% do total dos produtos são produzidos em Santa Catarina. Não conseguiríamos atingir 100%, porque muitas frutas, como mamão e abacaxi, por exemplo, não são produzidos no Estado, porque precisam de um clima mais quente. Mas se chegássemos a 70% de produção do Estado, seria um sonho. E traria preços mais competitivos para a região — explica o gerente.

Clima influencia preço da cesta básica em Santa Catarina

O preço médio dos hortifruti catarinenses é até 30% menor do que dos produtos vindos de outros estados, por isso a procura na Ceasa por este tipo de produtor é cada vez maior.

( Diário Catarinense, 22/07/2016)

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