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Sem incremento de efetivo, SSP tem o desafio de garantir segurança na temporada de verão em SC

(DC, 01/12/2015)

Sem um incremento de efetivo e com expectativa de receber mais turistas do que no ano passado, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) tem o desafio de montar uma estratégia para a temporada de verão redistribuindo o contingente dentro do Estado. Para reforçar o policiamento no litoral, o órgão conta com um aporte, ainda não garantido, de R$ 25 milhões dos fundos das instituições. O dinheiro se faz necessário para custear as diárias dos agentes que migram do interior para os principais balneários e cidades turísticas do Estado.

Entre as dificuldades que batem à porta da Segurança Pública está a garantia de recursos para a contratação de novos agentes. Em um ano de crise, a Secretaria da Fazenda já anunciou cortes no orçamento de 2016 que podem afetar a entrada de cerca de mil profissionais aprovados em concurso público. Eles não irão atuar nesta temporada, mas fazem parte do planejamento da SSP para compor o quadro da segurança do Estado.

Apesar das dificuldades, o secretário-adjunto da Segurança, Aldo Pinheiro D’Ávila, garantiu que a SSP tem uma estrutura montada e planejada para atender o aumento de demanda durante o verão. Nas praias, serão 340 postos de guarda-vidas e 1,2 mil guarda-vidas civis, para garantir a segurança dos banhistas.

Em relação ao atendimento nas delegacias, ele afirmou ainda que policiais com fluência em inglês e espanhol serão encaminhados para regiões de maior concentração turística. Porém, em relação às estruturas das unidades, o quadro deve se manter.
Esse é o caso da 7a Delegacia da Capital, em Canasvieiras. O local que concentra um grande número de atendimentos durante o verão passará mais uma temporada em condições precárias. Segundo D’Àvila, as obras na unidade ficarão para 2016.

ENTREVISTA

A SSP sabe que este ano SC deve receber 8 milhões de turistas, 30% a mais do que nas temporadas anteriores. A Secretaria está considerando estes números para planejar a segurança?

A SSP tem uma estrutura montada e planejada com condições de dar vazão a esse aumento de demanda. Não só na faixa do litoral, mas também nas estâncias hidrominerais. Temos um mapeamento destes pontos críticos, um planejamento que já vem há mais de uma década sendo aperfeiçoado e temos uma estrutura bastante confiável.

Como será essa cobertura do efetivo nas cidades do litoral e como fica nas regiões não contempladas?

No verão o litoral registra um incremento criminal em torno de 30% de registro de ocorrências. Em algumas cidades se chega a registrar até 100% de aumento de registros de ocorrências criminais. Para dar conta dessa demanda a única solução é trazer efetivo do interior para o litoral para suprir essa deficiência. É preciso seguir a mancha criminal que nessa época do ano se concentra no litoral.

A SSP falou em torno de R$ 20 milhões para pagamento de diárias e hospedagem. De onde vem esta verba e como será coberto este valor dentro da SSP?

O valor em torno de R$ 25 milhões que se projeta para custear toda essa movimentação de policiais além da estrutura de gastos com combustível e manutenção de viaturas, diárias, alimentação, vem do Governo do Estado e dos fundos das instituições e da Secretaria de Segurança Pública. Estes recursos não são disponibilizados com antecedência, mas nos da SSP temos a convicção de que não vai haver problemas.

O senhor já manifestou o compromisso em incrementar em 1000 policiais civis e militares os quadros da SSP. Mas no caso de não haver dinheiro, como vocês pretendem cumprir este compromisso?

Em relação a temporada de verão não vai haver incremento de efetivo. Aliás vamos ter agora uma formatura de 38 psicólogos policiais civis e até meados de dezembro teremos a nomeação de mais 60 escrivães de polícia, mas esse pessoal não vai estar apto para desempenho das funções. Nos como administradores de polícia sabemos dessa necessidade e da carência de pessoal mantemos a perspectiva das nomeações destes 608 policiais militares, 460 policiais civis mais os técnicos do IGP até o mês de março.

Uma boa parte desse dinheiro é para pagar os guarda-vidas, além de equipá-los. Como vocês estão lidando com esta estrutura? Ela já está pronta?

São mais de 1.200 guarda-vidas civis, vão ser coordenados por equipes de bombeiros militares tanto nas praias como nas estâncias hidrominerais, esta estrutura já está montada, os valores determinados, o quantitativo de pessoal, o treinamento efetuado, o procedimento está realizado, basta iniciá-lo. A operação veraneio inicia em 02 de dezembro.

Ocorrem muitos afogamentos em praias onde não tem postos de guarda-vidas. Como será a cobertura para a próxima temporada? Existe a possibilidade de ampliar o número de postos?

Esta possibilidade de ampliação é possível, mas demanda um estudo. Hoje temos em torno de 340 postos de guarda-vidas na faixa litorânea do Estado. Na temporada passada foram três afogamentos com morte, na temporada anterior foram 90 óbitos por afogamento. E apesar dessas três mortes que ocorreram no ano passado, tivemos 147 salvamentos. Nosso objetivo é chegar ao número zero.

Como estão as estruturas das nossas delegacias para atender os turistas?

Temos na operação veraneio vários policiais identificados e selecionados que serão encaminhados para algumas delegacias de maior movimentação, com fluência em inglês, espanhol. Infelizmente não conseguimos concluir a tempo a 7ª delegacia, que é a mais precária na Capital. Mas está em construção e para 2016 vamos ter um prédio de primeiro mundo para dar atendimento ao Norte da Ilha.

Em relação as prisões, como será feito o trabalho com 29 unidades no Estado interditadas?

Durante o verão o aumento de prisões é significativo também. Vamos ter mais prisões, mas há uma parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania pra que se consiga resolver estas situações no mais breve espaço de tempo possível. Por conta dos anos anteriores, sabemos em quais locais teremos um aumento de prisões e pra onde serão encaminhadas. Foco é a região de Balneário Camboriú, Bombinhas, Itapema no Norte do Estado.

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