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30/10/2015Dossiê Comcap: Falta capacidade para reciclar material da coleta seletiva em Florianópolis
A falta de equipamentos adequados, de usinas de triagem, pontos de transbordo e também de projetos para tratamento do resíduo coletado impede que a Comcap avance na Política Nacional dos Resíduos Sólidos, aprovada em 2010. A última reportagem da série realizada em conjunto pelo Notícias do Dia e RICTV sobre a situação de falência do modelo de gestão da Comcap aborda a reciclagem de resíduos.
Este serviço poderia se transformar em fonte de receita, ou ao menos reduzir o custo do transporte e utilização do aterro. Atualmente, o município consegue encaminhar para reciclagem apenas 7% das 192 mil toneladas coletadas por ano. Mesmo com a coleta seletiva ampliada, a ausência de políticas que estimulem a separação do lixo, a falta de mecanização dos processos de triagem e de local para beneficiamento do resíduo na cidade tornam praticamente inviável o cumprimento da legislação.
Em julho deste ano, o prazo para aplicação da PNRS (Política Nacional dos Resíduos Sólidos) foi ampliado até 2018. Se todos os moradores de Florianópolis resolvessem separar o lixo como determina a nova legislação, que leva em conta a responsabilidade compartilhada entre toda a cadeia produtiva do resíduo, certamente a maioria seria descartada no aterro sanitário de Biguaçu, e não seriam reciclados.
Isso porque atualmente a Comcap não tem capacidade de recolher, processar e dar destino final para os diferentes tipos de resíduos. Segundo Fernanda Maria Vanhoni, gerente de engenharia da Proactiva, que administra o aterro sanitário de Biguaçu, 56% de tudo que chega poderia ter sido reciclado. “O aterro deveria ser a última solução. O ideal é que o material seja beneficiado no próprio município. Transportar cem quilômetros não é viável economicamente”, diz Fernanda Maria Vanhoni. Atualmente, 60% do material da coleta seletiva são encaminhados para a Associação dos Coletores de Materiais Recicláveis, no Itacorubi.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 29/10/2015
