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Trapiche em Coqueiros: Balança, mas não cai

(Por Visor, DC, 14/06/2015)

Lembra da polêmica sobre o risco de colapso do trapiche em Coqueiros, bairro continental de Florianópolis? Por determinação do Ministério Público, a Defesa Civil municipal interditou a área em setembro de 2014. Um laudo da prefeitura diz que existe risco de a estrutura vir abaixo e sugere a reconstrução integral. Mas outra interpretação técnica, neste caso feita pela Associação Catarinense dos Engenheiros, defende que uma intervenção na recuperação da estrutura já seria o suficiente. Diante do impasse, só restou ao Ministério Público encaminhar uma ação cível para que a Justiça decida quem tem razão no caso. E viva a morosidade!

Jaques Suchodolski – Arquiteto e urbanista

Afinal, é possível conciliar meio ambiente e sustentabilidade com o desenvolvimento?

O meio ambiente natural não é uma fotografia, sempre foi um filme em movimento desde que o mundo é mundo. Antes ou depois do ser humano, todo o ser vivo exerce algum tipo de influência sobre este equilíbrio. O que existe hoje é que se criou uma torre de babel entre meio ambiente e desenvolvimento como se fossem polos opostos, o que é uma visão equivocada. Não está escrito na Bíblia e em nenhum outro lugar que é proibido conciliar os interesses. O importante é entender, com lucidez e boas técnicas, de que forma é possível fazer esta intervenção, sobretudo nos centros urbanos. Ou alguém tem dúvida que desde a Antiguidade já existiam modelos de intervenção bem-sucedidos, como o que levava água para o meio do deserto no Oriente Médio, onde se plantava.

Mas por que este embate causa tantos entraves?

É importante que se tenha clareza de que não fazer nada (crescimento desordenado) é muito pior do que a falta de planejamento e de boas práticas, porque as mudanças acontecem de um jeito ou de outro, queiramos ou não. Não fazer é muito pior do que tentar algo. Claro que estamos sujeitos a falhas em algumas intervenções. Mas com a tecnologia disponível hoje, em especial na área de projetos ecologicamente corretos, esse risco foi muito reduzido. Defendo que se tenha um regramento claro, que se cumpram todas as etapas dos licenciamentos, mas também entendo que a polarização do debate reducionista entre o bem e o mal é extremamente prejudicial. Dá para se chegar a um bom termo com equilíbrio. O caminho do meio ainda é a grande solução, seja nas intervenções em cidades, seja na vida.

 

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