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Mobilização e promessas na UFSC

Um ano após o Levante do Bosque e depois de uma série de ocorrências neste mês, a comunidade universitária da UFSC se mobiliza por mais segurança no campus da Trindade, onde circulam diariamente de 20 a 25 mil pessoas.

Para aplacar os ânimos dos estudantes que protestaram ontem na universidade, a reitora Roselane Neckel destacou medidas que estão sendo tomadas pela administração central da universidade: contratação de porteiros; instalação de novos postes e holofotes; atualização do sistema de 1,1 mil câmeras e transferência do Departamento de Segurança (Deseg) para o prédio do Departamento de Administração Escolar (DAE).

De acordo com a assessoria de comunicação do gabinete da reitoria, são investidos R$ 13 milhões por ano em vigilância e, neste ano, serão R$ 6,5 milhões adicionais com porteiros – 102 novos profissionais foram contratados para realizar mais rondas. Sobre a iluminação da universidade, a reitoria explica que desde 2014 foram instalados 50 novos postes, além da manutenção dos demais. Já em relação ao projeto que pretende igualar a iluminação do campus às ruas de Florianópolis, a administração explica que foi entregue à Prefeitura de Florianópolis como uma das contrapartidas para a cessão do terreno da rua Deputado Antônio Edu Vieira.

OCORRÊNCIAS ESTÃO DIMINUINDO, DIZ UFSC

O protesto de ontem foi organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) para questionar o corpo efetivo de seguranças, a iluminação, o relacionamento com as polícias Civil, Militar e Federal e a postura da reitoria frente às ocorrências. Os estudantes puderam ouvir a reitora justificar a atual situação.

– As reuniões realizadas até agora (em Brasília com ministros, em MG com a Andifes – entidade que reúne reitores – e com as polícias locais) podem não parecer efetivas, mas são necessárias para dar base à estratégia de segurança. Continuaremos fazendo o que nos compete. Mas segurança pública não é nossa competência, é responsabilidade do Estado – afirmou.

Segundo a 5a Delegacia de Polícia Civil, que atende a região onde está a universidade, só em março foram contabilizados 14 roubos e 10 furtos no entorno da UFSC. Já de acordo com o Departamento de Segurança da universidade, ainda não há dados consolidados de ocorrências no campus neste ano. No entanto, a Administração Central da universidade declara que, desde 2007, as ocorrências têm diminuído – exceto o roubo de bicicletas.

Por telefone, a assessoria de comunicação da Polícia Militar explicou que não destaca que o patrulhamento da universidade é encarado como aqueles feitos em outras instituições, como Celesc e Eletrosul.

DC, 01/04/2015)


“Tomamos várias ações efetivas para a segurança”

Depois do Levante do Bosque, o que a UFSC fez para aumentar a segurança?

Desde o evento, tivemos diversas ações, principalmente audiências públicas, fóruns de discussão, reunião da Roselane (reitora) com diversas polícias e secretário de Estado de Segurança Pública. Criamos a Comissão Permanente de Segurança e temos tomado ações efetivas, como a melhoria da iluminação do campus. Estamos na tentativa de reaproximação da Polícia Federal. A segurança pública é constitucionalmente de responsabilidade do Estado, embora nós façamos todos os esforços para melhorar nossa segurança interna, é evidente que o Estado deve nos ajudar nesse sentido.

Como a reitoria enxerga o fato de a comunidade universitária não perceber a melhora nos dados de segurança?

É muito difícil de responder isso porque tomamos ações bastantes efetivas em vários aspectos. Você pega os números e vê que existe uma tendência de redução, mas pela divulgação da mídia, parece que são muitos casos. Se fossem publicadas as ocorrências do entorno nas mesmas proporções, as pessoas veriam que nem se compara à realidade aqui dentro.

Como funciona a relação do departamento de segurança com a polícia?

A nossa segurança é patrimonial, então ela não pode fazer a abordagem, porque constitucionalmente isso é atribuição da Polícia Militar. Aí cria-se um impasse. Mesmo que contratássemos seguranças armados, eles não poderiam abordar. Se ele vir uma pessoa suspeita, ele terá de chamar a PM. E aí tem de ver se a PM está aparelhada para atender essa demanda.

Comparado a outras universidades federais, qual é o principal desafio para a segurança no campus da UFSC?

A questão da limitação de pessoal (seguranças) aqui dentro, de recurso limitado para terceirizar esse serviço e a própria legislação, que impõe seguranças patrimoniais, complicam o contexto.

(DC, 01/04/2015)

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