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A denúncia após oito anos

JURERÊ INTERNACIONAL vira alvo principal do Ministério Público Federal, que pede a derrubada de estabelecimentos comerciais e envolve 48 pessoas. Para os procuradores, as edificações teriam sido construídas em áreas de preservação ambiental sob liberações obtidas após propinas e benefícios

Entregue à Justiça oito anos após a investigação ser deflagrada pela Polícia Federal (PF), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) sobre a Operação Moeda Verde ainda está sendo examinada pelo juiz da 3a Vara Federal em Florianópolis, Diógenes Tarcísio Marcelino Teixeira. A ação do MPF tem 132 páginas e o processo ao todo chega a 20 mil folhas.

No documento, a que o Diário Catarinense teve acesso, constam 48 denunciados. Os procuradores do MPF que o assinam, João Marques Brandão Neto e Eduardo Barragan Serôa da Motta, concluíram que haveria uma quadrilha na Capital, a qual seria liderada pelo empresário Péricles de Freitas Druck, da Habitasul, e que dela fariam parte empregados da empresa e servidores públicos num esquema de corrupção para invasões e ocupações de áreas públicas.

Com base em documentos, e-mails e interceptações da PF, os procuradores relatam que o grupo se destinava a praticar crimes contra o meio ambiente, o patrimônio público (especialmente com a grilagem de terras públicas) e a administração pública.

De acordo com a denúncia, a Habitasul tinha uma rede de contatos que conseguia liberações em Jurerê Internacional. Essas pessoas eram na época servidores em órgãos como Fundação do Meio Ambiente (Floram) e Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp).

As autorizações ilegais para os empreendimentos, conforme assinala o MPF, seriam dadas por meio de suborno e os servidores públicos receberiam diárias em hotéis da Habitasul, dinheiro disfarçado de contribuição para fins eleitorais e outros benefícios indiretos.

“Os empregados/diretores Fernando Tadeu Soledade Habckost, Leandro Schoenninger, Hélio Scheffel Chevarria, Andrea Druck e Carlos Berenhauser Leite executavam as ações da quadrilha que agia como organização criminosa autorizando diárias nos hotéis do grupo Habitasul”, escrevem os procuradores, apontando que os tentáculos de Péricles Druck na Prefeitura e Floram eram Rubens Bazzo, José Rodrigues da Rocha, Juarez Silveira (era vereador), Renato Joceli de Sousa e Marcelo Vieira Nascimento”.

(DC. 17/12/2014)

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