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O caminho dos servidores presos pela PF dentro da Prefeitura de Florianópolis

Deflagrada no dia 12 de novembro, a operação Ave de Rapina da Polícia Federal, que cumpriu 38 mandados de busca e apreensão, 14 de prisão preventiva e cinco de condução coercitiva e cujo inquérito deve ser encerrado hoje, levou para a cadeia cinco funcionários da Prefeitura de Florianópolis, além de um sexto ocupante de cargo público conduzido de forma coercitiva à sede da PF.

Quatro deles tinham, além das funções comissionadas das quais foram exonerados, cargos efetivos na prefeitura. Três eram guardas municipais e um auxiliar operacional. Assumiram cargos gratificados a partir de 2013. As nomeações foram assinadas pelo prefeito Cesar Souza Júnior (PSD). Segundo o delegado Allan Dias, responsável pelo inquérito, eles teriam sido indicados para as funções pelo vereador César Faria (PSD). O objetivo era ter pessoas de confiança dentro do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) para operar o esquema envolvendo os radares.

Um dos servidores é Adriano João de Melo. Guarda municipal, ele é efetivo na prefeitura desde 2004, lotado na Câmara de Vereadores, segundo informações do Portal da Transparência. De acordo com o Diário Oficial do município, em janeiro de 2013, Melo foi nomeado para o cargo comissionado de diretor de operações do Ipuf. Foi na época em que estava no cargo que a Kopp Tecnologia começou a operar os radares na Capital. Em agosto de 2014, foi exonerado e deu lugar a Júlio Pereira Machado, também preso.

Machado é guarda municipal efetivo admitido em 2004. Em janeiro de 2013, foi nomeado para o cargo de secretário de Segurança e Defesa do Cidadão, onde permaneceu por um mês. Em fevereiro daquele ano, assumiu a função comissionada de secretário adjunto do órgão. Foi exonerado em agosto de 2014, quando foi nomeado diretor de operações do Ipuf.

Menos de um mês depois, Machado foi preso quando retornava do Rio Grande do Sul com R$ 100 mil e um aditivo contratual com a Kopp, que nunca foi colocado em prática. Segundo as investigações da PF, ele estaria retornando da empresa e o valor corresponde ao pagamento de propina. No dia 18 de setembro, Machado foi exonerado do cargo comissionado.

Junto com ele na ocorrência estava Jean Carlos Viana Cardoso. Também guarda municipal efetivo desde 2004, em janeiro de 2013 foi nomeado pelo prefeito para o cargo de diretor da Guarda. Permaneceu na diretoria até 18 de setembro deste ano, quando também foi exonerado devido à prisão.

Melo, Machado e Cardoso foram exonerados dos cargos comissionados, mas para serem excluídos do quadro funcional efetivo o processo é mais complexo. Conforme explicou o procurador-geral da prefeitura, Alessandro Abreu, foi aberto processo administrativo interno para dar início à demissão. Com os cargos em comissão, o salário deles chegou a dobrar, segundo consulta ao Portal da Transparência um dia após as prisões. Hoje, as remunerações deles como comissionados já não constam no portal. O salário base de agente da Guarda nível 2 é de R$ 2.850,18.

(ND, 20/11/2014)

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