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Congresso discute desafios da educação em Florianópolis

O último censo educacional do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), publicado no ano passado, aponta que, enquanto o número de matrículas entre 2012 e 2013 nas escolas públicas diminuiu 1,8%, nas escolas particulares houve um acréscimo de 3,5%. A situação foi um dos pontos debatidos pelo Educasul, evento voltado para as questões da educação, realizado sexta (16) e sábado (17) em Florianópolis.

Para o professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), Vitor Henrique Paro, o aumento da renda média do brasileiro explica o resultado, mas ele faz uma ressalva. “É uma ilusão pensar que a escola particular é melhor que a pública. O que acontece é que existem algumas instituições que se destacam em exames nacionais, mas são poucas”, alertou Vitor.

A diretora de Educação Básica do governo estadual, Marilene da Silva Pacheco, cita mudanças gerenciais nas escolas da rede estadual que podem melhorar o cenário de perda de alunos. “Desde 2013, os diretores das escolas estaduais são escolhidos pela comunidade escolar. São professores que precisam apresentar um projeto educacional. Além disso, temos outros trabalhos em parceria com o governo federal para diminuir a evasão escolar”, informou.

Apenas na rede estadual de ensino, houve uma queda de 589 mil para 563 mil matrículas entre 2012 e 2013. No entanto, Marilene lembra que o principal fator dessa redução é a transferência de alunos das séries iniciais para escolas municipais. “Em algumas cidades do interior, o Estado tem escolas que atendem ensino infantil e fundamental, mas isso é obrigação das prefeituras. Quando elas se organizam, os alunos retornam”, revelou.

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria de Estado de Educação, o número geral de matriculas diminuiu, mas houve um aumento no número de estudantes do ensino médio no mesmo período de 7,7%.

Metodologia defasada

Um sistema educacional que não estimula o aluno. É assim que o professor Vitor Henrique Paro classifica a educação no Brasil. “O educador não pode ser o dono da verdade, mas estimular um debate, porque o aluno só aprende se quiser. Mas antes é preciso fazer um planejamento de metodologia de ensino. Não adianta só dizer que tem que ensinar a pescar, pois isso é bobagem. Vai tentar pescar no rio Tietê”, comentou.

Ex-secretária Nacional de Educação Básica do MEC (Ministério da Educação) e atual diretora da Fundação SM Brasil, que faz pesquisas na área educacional, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva critica o modelo educacional brasileiro. “O nosso modelo de ensino é atrasado, não acompanhou a evolução da sociedade brasileira”, disse a educadora, que também participará do Educasul Gestor.

Números da educação

– 3,2% dos catarinenses com 15 anos ou mais não sabem ler ou escrever. A média nacional é 8,7%

-O Brasil tinha 40 milhões de estudantes matriculados na rede pública de educação básica em 2013, número 1,83% menor que o do ano anterior. No mesmo período, as matrículas na rede privada cresceram 3,5%

– A rede estadual de ensino teve um decréscimo de 26 mil alunos entre 2012 e 2013. Considerando apenas o ensino médio, houve um aumento de 7,7%

viaCongresso discute desafios da educação em Florianópolis – Notícias do Dia Online.

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