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O Carnaval que a Ilha de SC quer

Artigo de Laudelino José Sardá, jornalista e professor (DC online, 28/02/2014.)

Ilmar Carvalho, catarinense especialista em samba no Rio de Janeiro, onde integrou, por muitos anos, o júri do Carnaval, disse há alguns pares de anos que Florianópolis cometeria o suicídio se fugisse às suas particularidades para importar o modelo carioca. E sentenciou: Carnaval é rua é o encantamento, ao natural, bêbado ou desbêbado.

Há poucos dias lamentei a Ilmar que nosso Carnaval cariocou. Ele sentenciou: “Fedeu”. E lembrou: “Pulei tanto em volta da Praça XV que fiquei tonto”. Por que não repensar o nosso Carnaval? O desconcerto é tão grande que o secretário Valdir Walendowsky, do Turismo, Cultura e Esporte, disse ao Mário Motta, na CBN, que não liberou dinheiro porque 100% das escolas não apresentaram documentação. A prefeitura acertou em desacelerar a liberação de recursos. Por que as escolas não pensam e constroem o próximo Carnaval já a partir do mês de março?

Mas as escolas não representam a solução.É preciso retomar a cultura de uma cidade recheada de ironia, tradição e histórias, resgatar o Carnaval de rua, seguindo o exemplo de Nado e Boca, do Berbigão do Boca, que precisam apenas de R$ 200 mil para colocar milhares de pessoas nas ruas, enquanto as escolas exigem muito mais dinheiro para encher arquibancadas, cujo acesso é pago, mesmo com os recursos públicos destinados.

A Ilha da Magia deve ser atraente com um Carnaval peculiar. O turista teria de ser atraído pelas peculiaridades, lugares convidativos e isto não exigiria recursos públicos, pois bloco se forma em qualquer esquina. O concurso de músicas com temas ligados à Ilha precisaria ser em maio para a população memorizar as letras e os ambientes decorados de acordo com a tradição. O Carnaval é o feitiço de Franklin Cascaes; a magia e enigma de nativos pescadores; a nobreza poética de Rodrigo de Haro; enfim, a despretensão de um povo oculto na riqueza do seu próprio bem-estar.

As escolas não representam a solução. É preciso retomar a cultura de uma cidade recheada de ironia, tradição e histórias, resgatar o Carnaval de rua.

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