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Espaços do Casarão da Lagoa são reocupados para a temporada de verão

A integração entre o tradicional e o contemporâneo ocupou o centro cultural Bento Silvério, o Casarão da Lagoa. Agora, todos os ambientes da construção centenária, carente de reparos em sua estrutura castigada pelo tempo e pelos cupins, estão abertos à visitação. A renda de bilro, confeccionada ali há décadas, ganhou uma loja exclusiva. Ao atravessar o corredor se chega a um espaço que acolhe a exposição da artista plástica Clara Fernandes. Na lateral, a sala que vai receber atividades nas áreas de cultura digital e artes visuais, só aguarda os computadores.

Da porta para fora, um serviço wi-fi possibilita acesso gratuito à internet aos frequentadores da praça Bento Silvério. A zona livre é a primeira ação do Núcleo de Cultura Digital que está sendo implantado com apoio da Associação Alquimídia.org e Pontão Ganesha de Cultura Digital. “O desafio, agora, é fazer com que as pessoas entendam que isso não é uma lan house de graça, mas faz parte de um trabalho inclusivo, que vai oferecer oficinas gratuitas de animação em ambiente multimídia de uso compartilhado entre jovens, pesquisadores e artistas”, reitera a diretora de artes da FFC (Fundação Franklin Cascaes) Marta Cesar.

A chegada dos equipamentos e o começo das atividades de cultura digital devem acontecer no primeiro semestre de 2014, mas só depois da temporada de verão. Com isso, diz ela, o Casarão será um ponto de encontro para experimentação, produção e difusão de conhecimentos da tecnologia digital, voltada à produção de bens culturais. “A reocupação das salas foi importante. Conseguimos fazer com que a cultura digital se cruze com o trabalho das rendeiras, algumas delas estão tendo pela primeira vez acesso a esses meios”, complementa.

Mas Marta reconhece que ainda há muito a se fazer. A reforma emergencial, programada inicialmente para 2013 não aconteceu. “O projeto de reforma já foi aprovado, mas não pode ser executado por falta de recursos. Assim como outras coisas da casa. Para conseguir o que temos aqui, fizemos vários fundos”, explica.

Coordenada pelas próprias artesãs, a loja da renda de bilro foi instalada por meio do Promoart (Programa de Promoção do Artesanato de Tradição Cultural), do MinC (Ministério da Cultura).

Pausa na Casa das Máquinas

A programação de cinema e teatro da Casa das Máquinas, situada nos fundos do Casarão, está interrompida temporariamente até o final de janeiro. Sem ar-condicionado, o espaço com poucas janelas onde são rodados os filmes do Cineclube Pitangueiras, deve voltar ao normal em março, quando o calor ameniza. “Agora vamos deixar as pessoas conhecerem a casa como ela é, depois retomamos a programação”, comenta Marta.

A diretora lembra que a programação anual dos espaços ainda não está definida, mas até esta segunda-feira seriam lançados os editais para ocupação do teatro da Ubro, da Casa das Máquinas e para criação cênica do espaço na Lagoa.

Para o gerente do centro, Carlos Henrique Geller, o espaço está finalmente cumprindo sua função. “A casa é de todo mundo e agora se torna um ponto de encontro. Aqui temos um ritmo desacelerado. A arte só acelera a emoção e o coração”, diz.

Espaços em diálogo

Inspirando-se na mitologia greco-romana, a exposição “Aurora – o Amanhecer” dialoga com a renda de bilro, já que a autora desenvolveu um estilo próprio em tramas tridimensionais que utilizam materiais têxteis e metálicos.

O público poderá conferir tramas em metal, linho, seda, vidro e gesso, entre outros materiais, assim como gravuras e desenhos utilizados pela artista em trabalhos ou estudos de performance.

A exposição fica no Casarão até 31 de janeiro. Para dar continuidade às mostras, a Secretaria de Municipal de Cultura pretende lançar editais de concorrência pública.

(Notícias do Dia Online, 06/01/2014)

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